O guri do Seival, no 2º Encontro da VG em 2010, e no tempo do Grupo Escolar Julinha Taborda |
O Blog da Velha Guarda está de luto!
"Enfim se aproxima o dia
do encontro da Velha Guarda,
Tomara que isso não tarda
para rever-se essa gente... "
.
Pedro da Cunha Farias, em 28/10/2011,
Leia na íntegra AQUI
Morreu o colega Pedro da Cunha Farias.
.
Morreu vitimado em acidente de trânsito na última sexta-feira, dia 4, na BR 158, quando voltava de atividades profissionais em Frederico Westphalen. Pedro, que era professor da Universidade Federal de Santa Maria, deixa a esposa, Hebe Marisa, duas filhas, genros e um casal de netos que estão completando agora um ano. No ano passado, durante nosso 2º Encontro da Velha Guarda, ele só falava nesses netos gêmeos, e dizia que havia se mudado para o conjunto habitacional onde morava sua filha “para poder curtir o casal de gêmeos mais de perto”. Nosso Pedro Poeta, como passamos a chamá-lo depois que mostrou sua veia artística durante o 1º Encontro, em 2009, ainda nos deixou um chamamento em versos para o Encontro deste ano e que agora será menor sem a sua presença. Não perdemos só um colega, perdemos um amigo “de infância”, já que entramos todos ainda crianças no Estadual e lá permanecemos durante sete anos. Com o projeto de doutorado em andamento, Pedro deixa esta vida ainda muito jovem, aos 58 anos de idade.
.
Veja fotos e leia sobre o assunto AQUI
.
20 comentários:
Tchê Vaz, que pena, que perda às vesperas do 3º encontro, eu não o conhecia pessoalmente, mas com certeza seus versos sobre o rosilho com cascos aparados e pronto para rumar o encontro do VG, deixaram saudades em nós e será uma ausência inesperada nesse encontro , minhas condolência a familia, extencivo aos amigos do blog VG.
É, Gerson, se foi o nosso "rosilho" camperear em outra querência... Uma barbaridade o que esses loucos fazem, ultrapassando de forma irresponsável, provocando acidentes como esse que levou uma pessoa boa como o nosso colega Pedro.
Estremeci com a notícia sobre o Pedro. É uma grande perda para nós do Estadual, acostumados com suas poesias e mensagens.Um amigo!
"Que pena...gaúcho também morre".
...e morremos nós sempre um pouco mais ao vermos nossos amigos partirem... ica a saudade a doer também um pouco mais... Mas, como dizia vovó, "só perde quem tem..." Maude
Pois, Vaz...
Ontem, após enviar o soneto "Melancolicamente!" para meu grupo pessoal, vim ao "VG" e, pelo título da postagem, senti o que, lamentavelmente, acontecera... Fiquei - em meu silêncio acabrunhado - a filosofar (em vão) sobre a dualidade Vida-Morte...
Com ceteza, fiquei muito triste e pesaroso a pensar em nosso "IIIº Encontro" sem o Pedro. Não tive tempo de conhecê-lo, infelizmente, mas acredito que teríamos um bom papo, visto que o Pedro era um homem arraigado às coisas da Família - a essa tradição na qual também fui criado. Lamento muitíssimo nossa perda! Sabes, Vaz? Lembrei-me, de novo, daquela frase que minha mãe - Nena - me dizia em momentos adversos: "João: a gente põe e Deus dispõe". Dona Loira também dizia a mesma frase para vocês, não é mesmo? E quantas outras mamães a teriam dito para seus filhos...
Bem... Temos que continuar a Andança... Com Dor, com Lembrança, com Saudade, enfim, com tudo o que a Vida possa nos oferecer - de bom ou ruim... "A Casa de meu Pai tem muitas Moradas"... Que o Pedro seja um Luminoso Espírito a habitar uma dessas Moradas do Senhor! E que sua Família seja consolada e apascentada pela Mansidão do Cordeiro de Deus - Aquele que nos Conforta e não nos deixa morrer a FÉ!!
Deixo, hoje, um entristecido abraço franciscano!
JJ!
Mas que barbaridade... tem coisa de um mês que troquei alguns e-mails com ele a respeito de um convite para o Facebook e do 3o. Encontro... Realmente, o trânsito está matando mais do que qualquer outra coisa - só aqui na cidade, é uma média de 10 a 15 mortes por fim de semana.
Mas com certeza o nosso amigo deve ter sido bem recebido por seu xará lá em cima, e ganho uma boa querência para descansar! Vai em paz, Pedro!...
Pois é, Ianzer, gaúcho também morre...
Maude, teu comentário me lebra o John Donne: "A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. Por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".
JL, ele estava "fechado" com o 3º Encontro da VG, fez até um chamamento em versos, compareceu nos dois que fizemos. É mais uma tragédia proporcionada pelos motoristas irresponsáveis e suas ultrapassagens imprudentes...
Dona Nena sempre com razão, JJ...
O impacto foi grande com o falecimento do colega Pedro. Tive a honra de conhecê-lo no 2º encontro, em dezembro passado. O nosso entrosamento foi instantâneo.
Este estágio terreno que fazemos, de evolução e aperfeiçoamento, é cheio de percalços. O Pedro terá, agora, uma fase espiritual. Nós, que permanecemos aqui, teremos que continuar o nosso caminho, procurando erguer a cabeça. Em algum tempo, no espaço espiritual, todos nos encontraremos, familiares e amigos. Esta é minha certeza espiritualista, e com amparo na Física avançada, incluindo a Mecânica Quântica, a Relatividade, o estudo do Universo, a Cosmologia... Para mim, a Espiritualidade e a Física caminham numa rota convergente. Em algum lugar no futuro (e não muito longe!) elas se encontrarão.
Bem lembrado pelo Luiz Carlos, o trecho do poema de John Donne, que inspirou Hemingway a escrever o romance “Por quem os sinos dobram” e que também foi para o cinema. Transformou-se num filme cult, para mim. A frase que o Vaz cita é pronunciada pela personagem Maria (Ingrid Bergman) para o Robert (Gary Cooper), quando eles se separam, por uma circunstância da Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939) na qual eles tomavam parte. Portanto, aproveitando essa linha poética e cinematográfica do Blog, já bem conhecida, fica a nossa homenagem ao Pedro, o Pedro Poeta.
Para a sua família, nossa mensagem de muita coragem e, acima de tudo, de esperança, porque a vida não termina aqui, é apenas um passagem efêmera.
Todos oramos por ti, grande amigo Pedro, avante nessa nova jornada!
...e que assim seja, Hamilton.
Grande Vaz,
Este Pedro que, infelizmente, veio a falecer de maneira trágica... É o mesmo Pedro que havia me pedido, para que se mostrasse no Blog, as fotos da "Revolução de 1893"?!? Se positivo, acho que é justo que se publique algumas daquelas imagens (fotos das trincheiras), em homenagem a ele...
O que é que tu acha disso?!?
Sim, Cid, faremos isso como uma homenagem a ele.
Triste acontecimento, e triste constatação da irresponsabilidade derivada das falhas na formação do caráter e falta de educação das pessoas, as quais culminam no desrespeito à vida.
Ultrapassagens indevidas, movidas a álcool, drogas e/ou simples descaso à mínima segurança, são frequentes em todas as rodovias brasileiras que não têm fiscalização móvel aérea e terrestre por parte da Polícia Federal. Aquelas postos-barreiras "faz-de-conta" não servem para nada, aliás, nem precisariam existir.
Fiquei impressionado e muito chateado por conta dessa fatal ocorrência que se deu poucos dias após a entusiástica mensagem do "guri do Seival" - que eu não cheguei a conhecer - referindo-se ao próximo encontro da VG.
Irreparável perda.
Essa notícia me entristeceu demais, pois o Pedro vinha sendo presença marcante nos encontros da Velha Guarda e do Blog, sempre com sua simpatia e seu riso fácil. Fará muita falta com certeza. Esse tão aguardado encontro já não será o mesmo sem ele. Solidariedade à família!
John Donne, o grande poeta inglês, ajuda a entender o sofrimento do luto e até consegue fazer dele poesia. Ninguém expressou tão bem o sentimento pela perda de qualquer pessoa, seja de alguém próximo ou muito distante. Seja de alguém nosso ou mesmo de algum desconhecido do Haiti... É de Donne o poema abaixo:
Morte, não te orgulhes, embora alguns te provem
Poderosa, temível, pois não és assim.
Pobre morte: não poderás matar-me a mim,
E os que presumes que derrubaste, não morrem.
Se tuas imagens, sono e repouso, nos podem
Dar prazer, quem sabe mais nos darás? Enfim,
Descansar corpos, liberar almas, é ruim?
Por isso, cedo os melhores homens te escolhem.
És escrava do fado, de reis, do suicida;
Com guerras, veneno, doença hás de conviver;
Ópios e mágicas também têm teu poder
De fazer dormir. E te inflas envaidecida?
Após curto sono, acorda eterno o que jaz,
E a morte já não é; morte, tu morrerás.
Tchê, se foi o Pedro...
O que se faz quando se vai um amigo? Chorar é pouco! Prá emoção duas lágrinas são suficientes. No mais, ficam as lembranças atadas à soga do pensamento. Quando guri, banhos de riacho. Que turma buena! Fechada em todas as situações. Festas, quermesses, São João, Natal, Ano Novo... Depois, viagens de ônibus para estudar no Velho Colégio Estadual. Quanta dificuldade para estudar. Invernos, atoleiros, bagunças, etc. Até que nos colocaram em turmas diferentes. Reencontro com a Velha Guarda do Carlos Kluwe. E agora essa partida tão repentina, tão brutal. Trânsito = massacre. Até quando?
Então recordo daqueles versos de Luiz Menezes:
"A morte é china maleva,
traiçoeira que até dá pena,
vive a pealar gente buena,
sem se importar com o gaudério..."
Paulo.
Maribel, John Donne, nesse poema, repreende a morte com severidade, mas a morte parece não ligar muito...
Falou tudo, Sergio Fontana, com a autoridade de engenheiro.
Paulo Learci, imagino teu sentimento ao saber da perda de um colega tão querido como o Pedro que percorreu, junto contigo e outros amigos, milhares de quilômetros, no trajeto CandiotaxBagéxCandiota, por anos a fio. Imagino as invernias, os atoleiros, a fuzarca... e vocês ali, enfrentando aquela estrada. E agora, uma outra estrada (essa china também maleva), leva nosso colega para um lugar bem mais longe que Candiota...
Postar um comentário