7 de janeiro de 2011

O Clube negro "24 de Agosto", de Jaguarão, é tema de TCC

José Cláudio, Maria de Fátima, Janice e Alan, ao final da banca
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A acadêmica Janice de Ávila Ricardo defendeu trabalho de conclusão de curso intitulado: "O Clube negro 24 de Agosto: Lugares de História e de Memória", tendo como orientadora a Professora Doutora Maria de Fátima Bento Ribeiro. A banca examinadora contou com a ilustre presença do Professor de História e atual Prefeito da cidade de Jaguarão, José Cláudio Ferreira Martins, bem como do Professor de Planejamento Urbano, Alan Dutra Melo. O trabalho focou a presença negra no município de Jaguarão, região de fronteira com Rio Branco, no Uruguai. Abordou também questões referentes aos aspectos políticos, sociais e culturais estabelecendo relações entre as práticas escravistas e os desejos abolicionistas. A pesquisa teve como destaque o Clube 24 de Agosto, local de sociabilidade e resistência, e do Cordão Carnavalesco "União da Classe". O Clube 24 de Agosto continua com suas atividades e desempenha um importante papel realizando festejos, reuniões e bailes. É palco de discussões sobre políticas de afirmação trazendo à tona as reflexões sobre a problemática do negro na sociedade pós-abolição. Quilombos sempre foram a maior demonstração de oposição às práticas escravistas e, alternativa de liberdade para os escravos. A partir da abolição, estes espaços foram substituídos por outras formas de resistência, como o surgimento dos clubes negros. Enfim,
"A abolição foi talvez a maior revolução social que marcou a
história do Brasil. E aqui não podemos esquecer de duas coisas.
De uma parte, que o escravo foi inimigo da escravidão, resistindo
às formas, às tentativas de reduzi-lo ao estatuto de mera máquina
produtiva. E isto significa que,  ao contrário do que disseram
e repetiram diversos estudiosos dos problemas brasileiros, os negros
foram sujeitos ativos de sua própria história."
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Gilberto Gil
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