Arte de J L Salvadoretti sobre fotografia de uma Colorado RQ
do Brick Quebra Galho, do amigo Eduardo (53) 3025-2961
.
Quem nunca colocou um Bombril na
antena interna da TV para “melhorar a imagem” não faz a menor
ideia da época que nós –do velho Estadual- vivemos. HD,
DVD-r, Pen drive, Impressora Laser, Sky, Net, e outras tantas coisas, ditas de
última geração, certamente não melhoram o desempenho com a colocação de uma
“palha de aço” da Bombril... Mas as nossas antigas TVs P&B,
sim. Ficavam “um cinema”.
Naquelas telas curvas de vidro grosso, os capítulos de Irmãos Coragem, o Programa do Chacrinha, os filmes do Mazzaropi e os “enlatados americanos” faziam a alegria da família que, ao contrário do rádio, precisava ficar reunida na mesma sala, quieta e de frente para a Televisão. Claro, se a recepção não estivesse boa, um providencial Bombril nas extremidades da antena interna garantia uma qualidade extra digna de um “Avatar em 3D”.
Essa patente nunca foi requerida por ninguém, mas dava ótimos resultados. Depois vieram as antenas externas, as Tele Radar, as Espinhas de Peixe... e o Bombril perdeu uma de suas tantas 1.001 utilidades. Mas tudo o que pudemos assistir com essa “sensível melhora na imagem” ficou guardado em nossa memória.
As séries, as propagandas, as novelas... tudo isso – e muito mais, que vimos bem clarinho, graças a essa "técnica revolucionária", vamos recordar na nova série que começa hoje no Blog – Bombril na antena.
Naquelas telas curvas de vidro grosso, os capítulos de Irmãos Coragem, o Programa do Chacrinha, os filmes do Mazzaropi e os “enlatados americanos” faziam a alegria da família que, ao contrário do rádio, precisava ficar reunida na mesma sala, quieta e de frente para a Televisão. Claro, se a recepção não estivesse boa, um providencial Bombril nas extremidades da antena interna garantia uma qualidade extra digna de um “Avatar em 3D”.
Essa patente nunca foi requerida por ninguém, mas dava ótimos resultados. Depois vieram as antenas externas, as Tele Radar, as Espinhas de Peixe... e o Bombril perdeu uma de suas tantas 1.001 utilidades. Mas tudo o que pudemos assistir com essa “sensível melhora na imagem” ficou guardado em nossa memória.
As séries, as propagandas, as novelas... tudo isso – e muito mais, que vimos bem clarinho, graças a essa "técnica revolucionária", vamos recordar na nova série que começa hoje no Blog – Bombril na antena.
15 comentários:
Adorei!!! E embora bem novinha eu coloquei bombril na antena, assisti Irmãos Coragem (adorava o "Geromo"), dancei na frente da tevê com o velho guerreiro e dei muita risada com a TV PIrata!
Este blog tá um espetáculo!
Beijão
Obrigado, Léli, mas... todos nós ainda somos bem novinhos, e ainda nem estamos usando "bombril" para melhorar a imagem. rsrsrs
Lá em casa nós também experimentamos o Bombril. Foi no tempo da repetidora de Pinheiro Machado que fazia chegar, a duras penas, o sinal da TV Gaúcha, e em função da recepção não muito boa, qualquer "remédio caseiro" era tentado para melhorar a imagem.
E, complementando, para deixar a imagem "colorida", servia um papel celofane da cor que preferíssemos, um plástico colorido de encapar caderno ou um plástico [mais grosso] multicolor, próprio para esse fim.
Na fase do bombril na antena eu já não morava em Bagé. Lembro do período anterior, até meados da década de 1960, quando a Casa Eletromáquinas, de Araceli ndos Santos Menezes, já vendia os televisores Empire, mesmo não havendo sinal de televisão em Bagé.
É verdade, lá em casa usávamos um papel celofane vermelho pra colorir a imagem, e lembro que por causa da eletricidade estática quando desligávamos a TV o papel colava no tubo de imagem, e devido o calor o papel ficava enrrugado. Era o chic do úrtimo.
Sérgio, bem lembrada essa do celofane colorido, rsrs
Isso, Olmiro, havia uma TV "pública" na Padaria Sul Brasil, com uma enorme antena voltada "para o Uruguai" onde nós - vez que outra, assistíamos um episódio da série "El Calderón del diablo".
Sim-sim, somos todos bem novinhos!
Não lembro de colocar celofane na tevê, mas todas as minhas lembranças de desenhos animados são coloridas! hahaha Não sei o que é que minha mãe me dava pra tomar naquela época, porque a tevê era preto e branco, só que eu enxergava colorido!!!! hahahaha Até uma série que tinha do Batman e da Mulher Maravilha (e já me comprovaram que os filmes eram pb) eu lembro colorido! hahaha
Beijão
Está certo, Léli, pois estamos anotando sugestões para publicar nesta série. Mas essas cores certamente eram influência das HQs...
Citando Sérgio M. P. Fontana:
"...ou um plástico [mais grosso] multicolor, próprio para esse fim."
Lembro bem desse plástico... era muito mais grosso que o celofane, talvez um meio milímetro de espessura, e preso à moldura da tela. Tinha três faixas horizontais coloridas que se misturavam nas intersecções: a de baixo era verde, a do meio avermelhada e a superior azul. À primeira vista parecia ser para cenas externas (céu azul, grama verde) , mas hoje acho que era uma precária tentativa de emular o padrão RGB ( Red, Green, Blue) ainda hoje usado em computadores. Terrível...mas a gente adorava!
Bah! o pai trouxe de Porto Alegre um plástico desses que o Sergio fala, era show, mas como lembra o Salvadoretti, só funcionava em "externa de far-west": grama, casas de madeira e céu, rsrs
Pessoal, também sou desta era.... Também tinha um lance de ficar com a mão da antena, quando soltava a imagem piorava muito... Uma vez fiquei durante todo o programa do chacrinha grudada na antena para meu pai assisti-lo , quase fico vesga tentando assistir o programa pelo canto. Alias, eu era o seu controle remoto humano, era quem levantava várias vezes para trocar a programação pelo seletor de canal e nunca levei meu pai ao Conselho Tutelar...hihihihi
Que maravilha, Amélia. Fizeste jus ao nome, hihihi... O Gerson é quem sempre diz: fizemos todos esses "trabalhos infantis", não nos caiu nenhum pedaço, nos tornams pessoas responsáveis e trabalhadoras. Obrigado por comentar, conta mais de ti para nós, estudaste onde?
Luiz, procurei no Google TV com bombril e achei seu blog. Não sou de Bagé, sou de Osasco SP, fiz o comentário da antena pela gostosa lembrança da infância. Você tem toda razão, tivemos outra criação, com outros princípios, religião nos lares, respeito a pai e mãe em grau máximo, consumismo em grau mínimo,e a felicidade vinha regada de tubaína e pipoca, de andar na chuva, de brincadeiras na rua, de ganhar uma boneca de plástico no natal por puro merecimento. É isto aí...recordar é viver. Parabéns pelo blog.
Verdade, Amélia, vivemos uma época de transição social e cultural, só não sabemos exatamente onde estamos indo...
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