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Boa tarde, Vaz!
Tudo bem?
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Pois, essa poesia que mostra saudosas traquinices da autora, recebi da própria - no corpo de um "pvt”. Então, a formatei e musiquei, enviando-a para a autora e perguntando-lhe se eu podia distribuí-la para meu Grupo Pessoal. Foi o que fiz. Bem, "essa Vera" eu pensava que era até meio parenta do Luiz Carlos. A historinha do texto, (me disseram), é verídica - e acontecia lá em Bagé... Nunca ouviste falar? ... É que na nossa Terrinha acontecem coisas "sui-gêneris". Bageenses - desde tenra idade - já "aprontam". Para finalizar, até onde eu sei desse "tonel", a nossa conterrânea e amiga Vera não era a única que rolava dentro dele... Quem serão os "coadjuvantes"?? Se descobrires, me conta, pois tenho, cá, minhas desconfianças... rsrs...
Com franciscano abraço,
JJ!
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Foto de Alexandre S Gomes
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dentro do tonel pela ladeira
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linguagem atual
ou não
gramatical
ou virtual
importa aqui a emoção
caracteres minúsculos
maiúscula é a paixão
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poesia é liberdade
desamarrar-se do tido e sabido
viver sem jugo e sem fronteira
correr dentro do tonel pela ladeira
como se fora o mundo alegre brincadeira
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se o teu coração por inteiro
enche-se do cheiro do mar
apenas dele ao recordar
se sentes o perfume das flores
do campo em qualquer estação
de mato em dia de verão
se ouves o assobio do vento
e desperto fica o sentido
se te sentes entristecido
com gestos e acontecidos
dos assim ditos humanos
em seus largos e fortes enganos
podes a porta abrir
fica por estas bandas
faze aqui tua morada
teu refúgio
tua alvorada diante da magia
que habita a poesia...
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vera luiza dos santos vaz
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fevereiro/2008
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2 comentários:
Bom dia, Vaz!
Na manhã deste gostoso e ensolarado Domingo de meu Pai Oxalá - 12 de Junho, Dia dos Namorados - é com grande contentamento que deixo, aqui, uma palavrinha fraterna para a poetisa-irmã Vera Luiza.
Bem... enfim, o "tonel rolou pela ladeira"... rs... E, sendo a Vera "estadualense" da gema, o tonel - agora no "Velha Guarda do Estadual" - rola, através do tempo, e traz a beleza da palavra no fazer poético... traz sons da infância adolescendo... traz cores e perfumes de uma época reminiscente quando a vida era - mesmo! - calma e o boi - com seus olhos graúdos e resignados - era, igualmente, manso... O poema da amiga Vera nos traz cheiros de flor, de mato, de mar, de vento... Como bem podemos "sentir" em seus versos vestidos de leveza, Luz e Bucolismo! Com certeza, há Comunhão da Alma da autora com todos essas fragrâncias, com todos esses perfumes que se resumem num franciscano "Cheiro de Paz e Bem"! E, ao finalizar - em grande estilo! - seu coração-poeta canta o Irmão Sol e nos convoca - a todos - com nossas Dores e nossos "spleens", a que nos refaçamos - quais Fênix - na brasa ruiva e quente da Alvorada... É um misto de Sonho e de "querer poético"... Metáforas espontâneas, profundas, fecundas, semeadas pela "Mão da Poesia" - esta Poesia que, para mim, é o outro nome da Vida... Um sinônimo (i)mperfeito para este ato arriscado, belo, efêmero e dolorido do Existir! Parabéns, Vera - parceira de versos e de Dores! Parabéns, Vaz, pela publicação do "lúdico e filosófico tonel" que rolou, rolou... e chegou até este "blog" de memórias suspirosas! Parabéns, ao fotógrafo Alexandre S. Gomes, pela bela e silenciosa Metáfora, ali, contida!
Feliz "Dia dos Namorados" para todos!
Com bageense e franciscano abraço!
JJ!
Este Blog, JJ, que há pouco chamei de "trem da memória" - em outra resposta a um comentário teu, às vezes pode ser um tonel rolando pela ladeira levando dentro dele todas as nossas recordações, que vão girando, girando... e se transforma - por vezes, numa enorme bola de neve que vai agregando mais e mais amigos.
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