Una Yerba digna deste Romance
AVENTURA CONJUGAL
(para Luzinete Ianzer)
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Manoel Ianzer
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juntos ao luar
pouco importa o vento
o sereno
se o relevo dos nossos corpos
libera a mente
para a liberdade se espalhar
e agitar nossos movimentos
sendo o gás para abastecer
e percorrer uma distância
para vincular o prazer físico
para a conversa
para o debate amistoso
para o mimo
que acalma a invasão
imperiosa
desvio de nossas falhas
tornando o conviver agradável
pelo simples ato
de olhar dentro dos olhos
e dizer
como é bom
estar ao seu lado
entrar na sua pessoalidade
compartilhando dessa enorme
aventura conjugal
num plano de efeitos
num palco de enredos
desejos
e vontades
nossa relação é arrastada
para o calor das brigas
barulho sem sentido
muitas vezes fica acalorada
em outras se torna glacial
é o efeito de todas as nossas
glândulas
que entram em obstinação
tornando nosso paladar azedo
amargo
depois você vem se roçando
me lambendo
como uma gatinha
manhosa
encosta sua cabecinha
no meu peito
me abraça
e dorme
com a segurança
de não me perder
sinto-me um gladiador
numa arena vazia
sem adversário
fico desarmado
e me rendo
a carruagem do amor
e do tempo
que nos leva num galopar
com gosto
e com gozo
do seu balançar
pelos anos a fora
...............................
Manoel Ianzer
Do livro Painel do tempo - 2011
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10 comentários:
Obrigado amigo Vaz, pela divulgação da minha poesia que fiz para minha musa Lú. É inédita e está no meu novo livro que sairá em junho. Lançarei na Feira de Bagé, espero encontrá-lo em outubro. Enorme abraço.
OK, Ianzer, em caso afirmativo - te levarei um pacote dessa "Yerba" para tomares com a tua Musa.
Alguns dias sem olhar o Blog foram o bastante para ter uma boa surpresa no retorno: um verdadeiro caleidoscópio que foi colorido com poemas, fotos, textos e comentários. Parabéns ao Vaz, Ianzer, JJ, Vera Luiza, Marcelo Ribeiro, Gerson Correa, Cid Marinho, Olmiro, Sérgio Fontana, Alexandre Gomes, Léli, Salvadoreti, Gabi Mazza e Luis Manoel que colaboraram na pintura desse painel na semana que passou e a todos os amigos que visitaram as páginas.
Bem, Hamilton - agora de volta, precisas dar também o teu toque nesse colorido todo.
A propósito do dia dos namorados e do dia a seguir, o 13 de junho de Santo Antônio, o chamado santo casamenteiro, vem a pergunta que sempre faço: o que aconteceu com a tradição das fogueiras juninas, pelo menos aqui no sul e fronteira? As fogueiras aconteciam no mês de junho, em honra dos santos, sempre na véspera do dia: Santo Antonio (dia 12), São João (dia 23) e São Pedro (dia 28). Até o início dos anos 60 eu ainda lembro de ver, depois foi desaparecendo o costume. Era um espetáculo que eu sempre esperava. As pessoas preparavam as fogueiras durante a tarde e quando escurecia começava a aparecer na volta e ao longe a visão das fogueiras ardendo.
É verdade nós, a gurizada, colhia-mos o máximo de pé de carrapixo para alimentar o fogo e ainda limpávamos as redondezas de casa, era um a festa. Seja bem vindo de volta ao blog caro Hamilton.
Vaz - quero sim "una Yerba" para meu chimarrão, para provar o sabor dos pampas (uruguaio / argentino), ao som de uma melodia que fale de romance, como a música dos Monarcas
"Olhos de mel"
Olhei para duas estrelas,
lá por de trás do arvoredo.
Vi dois olhos tão lindos,
querendo contar segredo.
...não sei viver sem o brilho
desses teus olhos de mel...
(dedicado para a minha Lú).
Bueno, Ianzer, entonces yo te envío a la hierba - Yerba - para mateares con Lú.
Pelo que sei, Gerson, nem se faz mais fogueira, tudo é considerado "crime ambiental".
Homem de palavra, o amigo "VAZ".
Ontem chegou a YERBA MATE argentina - "ROMANCE". Muito obrigado e um grande e forte abraço bem tchê de Bagé.
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