Foto de Mário de Santi, no Clic RBS
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Aos 69 anos, morre o jornalista Olyr Zavaschi
Ele estava internado no Hospital Moinhos de Ventos, onde se tratava de um câncer
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Vítima de câncer, morreu na noite desta sexta-feira no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o jornalista Olyr Zavaschi, que assinava em Zero Hora a coluna Almanaque Gaúcho. Natural de Encantado, Olyr tinha 69 anos e era casado com a psiquiatra e psicanalista Maria Lucrécia Zavaschi, com quem tinha três filhos: Guilherme, Leonardo e Letícia. Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), começou a trabalhar como jornalista em 1968 no Diário de Notícias e ingressou na RBS em 1971. Foi secretário de Redação de Zero Hora, comandou o processo de informatização dos jornais do Grupo e ultimamente exercia a função de editorialista.
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O velório do jornalista será neste sábado, a partir das 9h, no Crematório Metropolitano Sao José. A cerimônia de cremação ocorrerá à tarde, às 16h.
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Notícia publicada no Clic RBS
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5 comentários:
O jornalismo ficou mais árido.
Luiz Caminha
Para quem não conhece, uma redação de jornal pode parecer um mundo místico, idealizado, envolto em brumas de informações que vão se dissolvendo até tornarem-se notícias concretas, prontas para ser publicadas à medida que alguns ungidos as descobrem de seu véu de mistério e imprecisões.
Para quem já viveu nelas, as impressões são menos românticas, mais duras, como um noticiário factual de tevê.
Redações são lugares áridos, tensos, complicados, às vezes ringues simbólicos de pugilismo, às vezes salas de cirurgia, às vezes concursos de beleza - a antítese do romance. Com toda a carga de indiferença e vaidades inerente ao ofício.
Não se trata de achá-las boas ou ruins, é a natureza das redações que é assim. Quanto maiores, mais assim. Como a da Zero Hora, onde até poucos dias conviveu Olyr Zavaschi, morto na noite dessa sexta, 3/6, o Vaz registrou.
Eu conheci o Olyr nos anos 90 e gostei dele de cara. Era um sujeito sereno, solidário, de princípios ponderados e reflexões justas, um oásis na selva apressada do jornalismo diário. Não era um espírito de redação, mas estava lá, integrado, por décadas, um enclave de humanidade em meio à frieza das hard news.
Ouvi ontem à noite, no rádio, a notícia de morte dele. Os que o conheceram e privaram de sua convivência estão comovidos e tristes, não tenho dúvida. E a redação de ZH, irremediavelmente mais árida.
PS - O David Coimbra o conheceu melhor e dá um belo depoimento sobre o Olyr: http://tinyurl.com/3tjr6m4.
Luiz Caminha, que belo depoimento sobre o Olyr. Obrigado. Ele foi um colaborador de primeira hora do nosso Blog noticiando, inclusive, no dia 12 de dezembro de 2009, no seu "Almanaque Gaúcho" o 1º Encontro da Velha Guarda do Estadual que deu início a esta nossa jornada. Publicou "bicos de pena" de Bagé, feitos pelo Francisco Silva, o Xico, e sempre prestigiava o Cid Marinho, com suas memórias sobre a bicentenária Rainha da Fronteira, na série "Tunel do Tempo". Morre com ele uma boa parte da memória do RS.
Caro Vaz,
Também fiquei triste com a notícia da morte do jornalista Olyr. Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, em compensação, pude conversar com ele através do telefone, algumas vezes. Graças a ele, é que boa parte das minhas fotos antígas de Bagé, foram vistas por bajeenses que estão morando em outros pagos, longe da querência amada...
Grande Olyr, descanse em paz! E que O Todo Poderoso Deus, o tenha em sua memória!
Foi daquelas perdas, Cid, que todos só tem a lamentar. Vamos ver como fica o nosso Almanaque sem ele.
Caro Vaz,
Sem duvida alguma, o Almanaque Gaúcho ficou mais empobrecido com a ausência do grande Olyr. De qualquer maneira, vamos torcer e colaborar, para que o mesmo continue com o mesmo sucesso que tem sido, desde a sua criação, quando o jornalista titular ainda éra o grande Antônio Goullart... Ah, e a proprósito "índio velho", a minha próxima colaboração para a Zero Hora, esta prevista para esta quarta-feira, portanto, fica de olho tá "Tchê Macanudaço"?!?
Receba um baita "quebra-costelas" do "índio pra lá de bagual", Cid.
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