26 de fevereiro de 2013

me vejo

Espirradeiras floridas no pátio do Estadual. Foto LC Vaz


me vejo
vera luiza vaz

me vejo no vento
na chuva
na gota corrente
transparente
mutante...

me vejo na fala
no poema
no dilema de ser
diferente...

me vejo adolescente
no estadual de bagé
no cine avenida
sozinha
da sessão da tarde rainha...

me vejo professoral
quase glacial
responsavelmente eloquente
afetuosamente coerente...

me vejo no agora
assim senhora
da luta do dia
da face lavada
da alma marcada
no verso aberto
um pouco de mim...
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4 comentários:

Gerson disse...

Mas tchê Vaz, essa guria tua parente, fez um lindo poema, gostei mesmo. Um baita abraço índio velho.

Vera Luiza SVaz - maudepoesia.blogspot.com disse...

Caro Gerson, pois "guri", gracias pelo "guria"... rsrsrs Te digo que quem nasceu nos pampas bageenses terá saudade eterna de suas andanças por aquelas benditas bandas...
Abraço!

Anônimo disse...

Pois, Vaz...

Saindo um pouco de meu auto-exílio, como escrevi há pouco, para "Maud", devo te dizer que o Gerson tem razão: essa guria escreveu belo poema! Coisas de um coração-poeta... De uma Alma larga e sensível...
E concordo, igualmente, com essa "guria" genuinamente bageense que muito bem nos lembra de nosso arraigado Amor por Bagé, pelo Estadual, pelo Avenida - que tinha tela, som, beleza e dramáticas "fitas" cujas histórias nos encantavam e nos faziam filosofar...
Eram "Anos Dourados", então...

Abraço franciscano aos três estimados conterrâneos!
JJ!

Luiz Carlos Vaz disse...

Essa guria quando crescer vai dar em coisa muito boa, JJ, rsrsrs
Um abraço, também, franciscano.