28 de junho de 2010

Tinha que ser em Bagé! - Um aluno, um computador

Hoje inauguramos a série intitulada "Tinha que ser em Bagé!" Nela falaremos de coisas, de ontem e da atualidade, que, cá para nós, só acontecem mesmo na nossa cidade! Iniciamos com esta reportagem publicada na Zero Hora de hoje.


Leonardo Rodrigues Campos (à esquerda)
e Márcio poderão acessar a internet direto da escola
(Foto:Cristiano Lameira, Especial)

Bagé e Candiota inauguram
projeto federal de

inclusão digital no Estado

Objetivo é que cada instituição tenha um computador por aluno

Por Sancler Ebert

Os alunos de três escolas da região da Campanha não precisarão mais se revezar em frente aos computadores para acessar a internet a partir de hoje. As instituições de Bagé e Candiota serão as primeiras do Estado a colocarem em prática o projeto do governo federal que prevê a entrega de um aparelho para cada aluno.
Os laptops chegaram em maio nas escolas municipais Professora Reny da Rosa Collares, (*) de Bagé, e Santa Izabel e Neli Betemps, de Candiota. Agora, após o treinamento dos professores, passarão a ser usados em aula. A iniciativa atinge cerca de 900 alunos.
Márcio Messias Milano, 14 anos, estudante de Bagé, realizará o sonho de ter um computador somente seu.
– Meus pais teriam de fazer um sacrifício muito grande para comprar um computador para mim – revela.
De acordo com Iracilda Pacheco, diretora da Escola Professora Reny da Rosa Collares, a tecnologia permitirá a inclusão dos jovens no mundo digital. A princípio, os laptops serão usados somente na escola, até que os estudantes se habituem, mas depois poderão ser levados para casa.
– A maioria não tem computador em casa, e, a partir de agora, poderão aprender muito mais – diz Iracilda.
O projeto Um Computador por Aluno (UCA) prevê a distribuição de um laptop com acesso à internet para cada aluno e professor de educação básica das escolas públicas. O programa entregou 5.890 laptops para 14 escolas no Estado, em sua primeira fase. Até o final do projeto, serão entregues cerca de 150 mil máquinas a 300 escolas.
O Ministério da Educação instalou infraestrutura de rede sem fio, servidores e conexão entre os laptops. Já os professores receberam treinamento para operar os equipamentos.
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Nota do Blog (*) Reny da Rosa Collares foi professora do nosso Estadual.
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10 comentários:

Gerson Mendes Corrêa disse...

Tchê, isso é muito bom, para os fabricantes do notebook, é claro que na minha opinião. Vamos analisar a situação:
1º) Trabalhos a fazer, vão perguntar ao google, control c control v, e nem leram pelo menos uma vez, resultado, não aprenderam nada;
2º) Escrevendo tudo no o pc, a letra que já é ilegível vai ficar pior;
3º) Vão usar o coretor automático do windows e então a troca de "U" por "L" de hoje não vai ser nada com os erros que virão.
Não quero com isso ser o destruidor de sonhos, o estraga prazeres da nova geração, mas penso que aluno tem que escrever, escrever, escrever, e escrever, pois só assim vão gravar alguma coisa.
Em suma nada melhor que um caderno, uma caneta bic e uma barsa na biblioteca e inclusive deixa a vida menos osiosa.
Me desculpem, mas é assim que penso.

Luiz Carlos Vaz disse...

Olha, Gerson, creio que os bons exemplos devem ser aproveitados. Antes de ir muito fundo nas críticas, procura ver como fizeram os países que deram um salto tecnológico, cultural e educacional, como Coreia, Espanha e Índia. Eles estão anos luz à nossa frente. Nossas escolas precisam dar aos alunos igual ou mais do que eles já têm em casa. Só rico com computador acentua mais ainda as desigualdades sociais/culturais e aprofunda a exclusão digital. Uma coisa não exclui outra. Temos que olhar para a frente, e rápido. Dominar logo essas tecnologias ou ficar importanto conhecimentos da Coreia, Espanha, Índia...

Luiz Carlos Vaz disse...

Outra coisa, Gerson: não tenho nada contra os fabricantes de notebook, de canetas bic, de cadernos ou de enciclopédias...hehehe

Gerson Mendes Corrêa disse...

Bueno, tu tens toda razão quando vês por essa ótica. Não sou contra a tecnologia, antes pelo contrário, gostaria que toda a criança em idade pré-escolar tivesse um pc de última geração para "brincar", pois assim entraria no 1º ano, no mínimo conhecendo as letras e já muitas combinações, mas sou contra o uso dessas máquinas substituindo os livros e cadernos, e com tu também não tenho nada contra os fabricantes de notebook, de canetas bic, de cadernos ou de enciclopédias, muito menos a favor,....ahahahah

Argemiro de Brito disse...

Mas bah guris... quanta discussão. Então, Bagé na fita, isso de computador para cada aluno é muito bom, afinal todos precisam se familiarizar com o uso da Internet. Nela estão as grandes informações, sempre atualizadas. Os blogs, as páginas de relacionamentos da vida e por ai vai. Quem está de fora, provavelmente desconhece a ferramenta poderosa da Internet. Quanto as formas de ler, escrever e as mal traçadas letrinhas que a maioria dos estudantes pratica, ai, fica por conta dos educadores. Cobrar redações escritas a mão mesmo, não digitadas. Programar leituras de textos, levar a galera para a biblioteca, temos espetaculares escritores "gauchos" e não gauchos, que contribuem para uma leitura sadia e saudável. Os professores devem botar a mão na massa e não apenas ficar olhando o desenvolvimento. Afinal o futuro corre mais que "formula indy". Quanto ao fabricante dos notebooks, com certeza alguem venceu essa licitação bem vencida, se não qual a graça que teria? E esse papo vai looooonge!

Luiz Carlos Vaz disse...

Olha, Miro, eu creio que a tecnologia desses laptops já é bem brasileira e com sistemas Linux de software livre, o que é muito importante para essa gurizada que está entrando para o mercado de trabalho. E...o que seria de nós, da Velha Guarda, perdidos pelo mundo afora, sem essa tal internet, que nos perimtiu criar o Blog e ir, aos poucos, juntando o pessoal "do tempo da bic e do caderno Avante", que nem eu, tu, o Gerson, o Hamilton, o Ianzer... Lembra do Caderno Avante? o que tinha um escoteiro na capa, hahaha? Esse é velho, meu!

Manoel Ianzer disse...

Com toda essa tecnologia, não aprende quem não quer. Basta ir no google. Na minha época de Estadual, fazer uma pesquisa era trabalhoso. Tinha que ir na Biblioteca Municipal para buscar o que precisava e perdia-se pelo menos um período do dia(manhã ou tarde). Só que eu gostava de me envolver com os livros, desbravar história ou geografia. Tinha sonhos grandiosos, como morar em São Paulo, conhecer Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, Rio, Recife, Belo Horizonte, conhecer pessoalmente os museus de Paris e me envolver com a história dos romanos e de Roma. Aconteceu tudo isso comigo, apenas excluindo os dois últimos (Paris/Roma), ainda não conheci.

Gerson Mendes Corrêa disse...

Bueno o caderno Avante eu não lembro, para começar não existia esses cadernos de 10 matérias, ou universitários como eram chamados, na minha época só tinha os pequenos de "molinha", onde a capa era um pouco mais grossa que as fôlhas, eu lembro ainda que todo o ano o meu pai me dava uma caneta Shaeffer esferográfica, diga-se de passagem que era muito bom escrever com uma caneta dessas.

Argemiro de Brito disse...

Pois é Vaz, quem esperava por essa, Caderno Avante com Escoteiro e tudo. Eu lembro muito bem, até porque também fui Escoteiro, do Grupo Dom Diogo de Souza, na época do Panchiche, do Sapiran, do Fernando... chegamos a fazer alguns acampamentos lá pras bandas de Santa Teresa!
Um recadinho pro Manoelito, também tenho planos de ir a Roma e Paris, quem sabe algum dia nos encontramos por lá?

Luiz Carlos Vaz disse...

Miro, vou publicar uma postagem sobre o Caderno Avante, dedicada ao Gerson, para ver se ele lembra.