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A colega Heloisa Beckman ao ler a matéria deste dia 24, lembrou que seu avô, Iwar Beckman, que trabalhava como geneticista na Estação Experimental, recebeu na época a visita do presidente Getúlio Vargas. Ela nos enviou fotografias que documentam a visita que o presidente fez a Estação Experimental Fitotécnica da Fronteira. Iwar, conceituado geneticista sueco que criou inúmeras cultivares de trigo, fincou raízes aqui e foi um dos geradores da família Beckman na cidade.
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Fotos enviadas pela colega
Heloisa Beckman
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Fotos enviadas pela colega
Heloisa Beckman
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9 comentários:
Cheguei a seguinte conclusão: se juntarmos entre nós colaboradores deste animado blog, o teor de nossos "recuerdos", teremos um acervo históico e cultural, de fazer inveja a muitas bibliotecas. Assim sendo a cada post lido, é inevitável pensar que, em breve, será um livro.
Olha como já foi falado aqui, as "caixas de sapatos" das vovós, são de inestimável valor.
Gerson, obrigado por fazer referência à "Caixa de sapatos da vovó", artigo que escrevi ainda quando era aluno do mestrado. Quanto ao livro, o projeto já está andando, creio que será lançado em 2011, no centenário da cidade. Já estás na lista dos colaboradores, né?
Tu podes ter certeza que, o que estiver no meu apocançe será feito com alegria.
No extremo sul do Brasil existe um sentimento, uma virtude, que é específicamente deste local: O Gauchismo. Isso nos torna extremamente patriotas. Talvez por isso gostamos tanto do velho Getúlio, e dos outros, mais por serem Gauchos do que qualquer outra coisa.
Relembro minha terra propriamente dita,ali no Seival. quando guri correndo no meio do trigal e depois ouvir do Velho que aquela era a variedade Fronteira e Frontana da Estação Experimental Fitotécnica da Fronteira, obtida pelo Dr. Beckmann.
Que maravilha de imagem, Pedro. Segundo me disse a Heloisa, o Iwar foi convidade pelo presidente Arthur Bernardes (1922-1926) para fazer pesquisa com trigo e evitar as crescentes importações do grão. O nome que citas era a mistura de "fronteira" com "Mentana", região da Itália.
Isso mesmo, Luiz Carlos.
O trigo faz parte importante da minha vida. Foi a primeira cultura que eu tive contato. Diferentemente de hoje que são plantas anãs, o trigo da minha infância era de porte alto. E ano após ano, primavera após primavera, a gurizada do Estadual que utilizava o ônibus da CEEE, passava por um lugarzinho chamado Trigolandia (era uma estrada de chão batido que ligava Bagé a Pelotas) e certamente está gravado nessas memórias a beleza dos trigais maduros ondulando ao vento. Nós não tinhamos mar de água, porém tínhamos o mar de trigo.
Isso que falastes de "mar de trigo", eu também tive a portunidade de vislumbrar, quando a bordo do velho Ônibus do Nunes ou do Lima, me dirijindo-me para mais uma escala de 24 horas no posto aduaneiro do Brasil em Aceguá, entre 79 e 80, sentado no último banco escondido debaixo de um chapeu de abas larga, e bota abas largas nisso, me escondendo dos xibeiros que iam e viam, só me apresentava na chegada no posto e então começa o choro deles, mas isso já é outra estória. E quando o trigo estava verde batia o vento e a plantação parecia como uma onda no mar, e quando estava maduro já todo amarelo e seco tinha um sonorização como se fosse muitas cascavéis batendo o chocalho "SSSSSSSSSSSSSS", ainda ontem estava comentando isso com meu filho.
Gostaria de saber o ano que Getúlio Vargas esteve em Bagé - para colocar mo meu blog.
Ianzer, a Heloisa está viajando mas me prometeu essa e outras informações quando regressar.
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