31 de maio de 2011

Imagens do cotidiano - XXV, Nublado

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Encerramos o mês de Maio com esta imagem do cotidiano de autoria do Marcelo Freda Soares, o Camafunga, "feita na periferia de Pelotas, em um dos caminhos mal cuidados -  talvez do bairro Navegantes ou Balsa, a dois minutos do centro -  domingo passado (22), no exato e rápido momento em que o sol fugia dando lugar a uma  chuva inesperada; pela janela do carro, por uma  fresta de cenário, em  meio a toneladas de lixo e entulhos que caracterizam muito mais o local do que o foi captado".
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30 de maio de 2011

The Platters - V, Sixteen Tons

Fico devendo - por enquanto - o vídeo...
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B.J. Mitchel, líder atual do grupo The Platters, juntou-se à formação original nos anos 60 e foi o único a trabalhar com o fundador, Paul Robi. Ele, com sua voz gravíssima, é quem canta Sixteen Tons, uma das marcas registradas do Platters. Gravei a música ontem para vocês, mas não estou conseguindo postar. Tão logo possa... Ela conta a história de um trabalhador de uma mina de carvão. "You load Sixteen tons, And what do you get?" - Você carrega 16 toneladas, E o que você ganha?" diz ela, em seu refrão.
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Sixteen tons

Some people say man's made out mud,
Well, a good man's made out of muscle and blood
Muscle and blood, and skin and bones,
And mind that's weak and the back that's strong.

You load 16 tons,
And what do you get?
Another day older,
And deeper in debt.
Saint Peter, don't you call me,
Cause I can't go,

I owe my soul to the company store
I was born one morning when sun didn't shine,
I picked up my shovel and I went to the mine,
Loaded 16 tons of number nine coal,
And the straw boss said: "Well, bless my soul!"

You load 16 tons,
And what do you get?
Another day older,
And deeper in debt.
Saint Peter, don't you call me,
Cause I can't go,

I owe my soul to the company store
If you see me coming, you better step aside,
A lot of men didn't and a lot of men died.
My one fist is iron, the other one's steel,
And if the left don't getcha, then the right one will

You load 16 tons,
And what do you get?
Another day older,
And deeper in debt.
Saint Peter, don't you call me,
Cause I can't go,

I owe my soul to the company store
I was born one morning, it was drizzling rain,
Fighting and Trouble 's my middle name,
I was raised down the Canebrake by an old mountain mine,
And there ain't no hard hearted women make me walk that line!

You load 16 tons,
And what do you get?
Another day older,
And deeper in debt.
Saint Peter, don't you call me,
Cause I can't go.
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NOTA - Existe uma disputa referente à autoria de Sixteen Tons. Normalmente, a autoria da canção é atribuída a Merle Travis, fato registrado no disco gravado em 1947. Mas George S. Davis, um cantor-compositor de folk, que foi mineiro de carvão no Kentucky, disse em 1966 que compôs a canção com o título de Nine-to-ten tons na década de 1930. A gravação de Davis aparece nos álbuns George Davis: When Kentucky Had No Union Men and Classic Mountain Songs from Smithsonian. Veja detalhes AQUI.
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Uma esquina no tempo - VIII, Os postes da Avenida Sete

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Andamos, o Salvadoretti, o Hamilton e eu, pesquisando documentos antigos para descobrir quando se deu a implantação da iluminação pública em Bagé, e a origem dos modelos de postes utilizados. Só sabemos que os últimos da Avenida Sete foram suprimidos pelo Antonio Pires. Já nem queremos saber onde foram parar os antigos, mas a cada fotografia antiga que se acha, como essa que o José Luiz Sajvadoretti nos enviou, percebemos a beleza que era a iluminação pública de nossa cidade - hoje -  bicentenária...
Quem mais quer colaborar?
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The Platters- IV, Only You

Simpatissíssimos, os integrantes do grupo The Platters deram autógrafos,
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com direito a beijo de Dawn Silva, durante quase meia hora após o espetáculo.
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Acabei de assistir o show do grupo The Platters. Como bom tiete trouxe minha relíquia. O meu antigo CD autografado, com direito a um beijo de baton da soprano Dawn Silva...

29 de maio de 2011

The Platters - III, é hoje!

Ainda restam alguns ingressos no posto Cidadão Capaz, em frente ao Correio, para assistir logo mais ao show com The Paltters, no Guarany. Não perca e, por enquanto, vá treinando para cantar junto com eles os grandes sucessos. Ligue 3028 5600 e reserve o seu já.

28 de maio de 2011

O pôr do sol na minha cidade - XXVI, Lagoa dos Patos

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Um dos cenários mais bonitos do Rio Grande do Sul é a Lagoa dos Patos. Sob qualquer ângulo. Este, é claro, é bem inusitado. O pôr do sol sobre as águas tranquilas do Mar de dentro, no dia 10 de maio de 2011, na altura de Camaquã, visto da janela do bimotor turbohélice, LET 410, da NHT.
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Prêmio Portugal Telecom 2011

Veja AQUI o vídeo completo com os 50 indicados ao
Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa - 2011.




A poesia necessária - VI, Ladainha poética

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Foto com minha mãe, na noite de 08 de dezembro de 1970,  no Salão de Atos da PUC RS, quando confirmei a aceitação de meu Karma de professor!  Saudade é a palavra-chave... A Chave que abre meu coração para ledas Lembranças - hoje, indesmentíveis Dores... Vazios... Lágrimas... Solidões...  Quando o Ocaso vai se desenrolando ante minhas retinas de homem-comum e de poeta, resta a Esperança da proximidade do Reencontro...
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"A Casa de meu Pai tem muitas Moradas"... 
E espero ser merecedor de uma delas - quando chegar 
o Tempo de meu Espírito ir caminhar entre as Estrelas...
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Litanias...
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(À Minha Mãe!)
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J.J. Oliveira Gonçalves
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Mãe, em tardes como esta dói-me o peito!
Faz-se em Saudade o Outono... E em Nostalgias...
No fundo do quintal – em litanias
Desfaz-se um sabiá: meu outro jeito!
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Não há em mim, oh, mãe, mais alegria
E, às vezes, nem a mim mesmo eu aceito!
O dia é cor nanquim... E à noite eu deito
A assombração que sou: triste e vazia!
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Quando eu, (lá!), te perdi, perdi metade
Desta Existência! Ah... naquela tarde
De João Batista, (o Santo!), eu morri!
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Doridas as janelas da Memória!
Que o Bom Pastor te tenha em Sua Glória
E te recite os versos que escrevi!
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JJ O liveira Gonçalves
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27 de maio de 2011

The Platters - II, é neste domingo!


O público da região sul terá neste domingo a oportunidade de assistir, mais uma vez em Pelotas, a apresentação do famoso conjunto vocal norte americano dos anos 50 - The Platters. "Venha relembrar sucessos como Only you, Great pretender, Smoke gets in your eyes e outros grande clássicos", diz a propaganda. Reserve seu camarote, seu ingresso, vai ser casa cheia, com certeza.
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26 de maio de 2011

A filosofia e o cinema religioso - X, Die große Stille

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O Ciclo "A Filosofia e o Cinema Religioso" exibirá, na próxima sexta-feira, dia 27 de maio, o documentário O grande silêncio, de Philip Groning. Documentarista e cineasta alemão (1959-), Groning é autor de obras pouco conhecidas no Brasil, tal como o presente documentário brevemente apresentado em mostras do centro do país. O Ciclo, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação do professor Dr. Luís Rubira, ocorre todas as sextas às 20h, no Centro de Integração do Mercosul, em Pelotas. A entrada é FRANCA.
A programação completa do CICLO está disponível AQUI.
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Sinopse - Die große Stille, 2005, Alemanha-França-Suíça. Direção: Philip Groning. A vida monástica na Grande Chartreuse, a lendária comunidade dos Cartuxos localizada nos Alpes franceses. Reclusa Ordem da Igreja Católica Romana, o diretor levou dezesseis anos para obter autorização para as filmagens. Morando sozinho durante um ano em meio no monastério, ele penetrou nos votos de silêncio e obediência. O resultado é uma meditação sobre aqueles que dedicam suas vidas para amar Deus e a humanidade. (164min).
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The book is on the table - XI, Conhece-te a ti mesmo

e conhecerás o universo e os deuses.
Sócrates.
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Quando fui para o quartel, no início de 1976, estava cursando o 2º Grau e a terminalidade do meu curso era "Tradutor e Intérprete da Língua Inglesa" e, como o meu quartel era em Canoas, a Base Aérea de Canoas, interrompi meus estudos, o que foi um erro, infelizmente. Mas após três anos de caserna voltei para Bagé e para o querido Estadual já em 79, para casar e continuar os estudos. Qual não foi minha surpresa quando me disseram que não havia mais o curso de Tradutor, e por incrível que pareça, este índio velho, grosso barbaridade, teve que terminar o 2º Grau fazendo o curso de "Decorador de interiores" - ui, ui, cuecão de couro mano! - pois era o único que se enquadrava na minha carga horária. E não é que os caras acharam que eu tinha cara de filósofo!? Foi quando tive que adquirir esse livro que, na verdade, só abri duas vezes: o dia que o comprei - e hoje, para escanear a capa e mandar para o Blog. Ainda bem que não tinha professor para ministrar as aulas...

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Gerson Mendes Correa
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Imagens do cotidiano - XXIV, Panorama visto da minha janela

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Essa é a "vista" que desfruto de minha janela no trabalho. A paisagem mostra em primeiro plano as águas do Canal São Gonçalo e, bem ao fundo, as obras de duplicação da BR 392 que liga Pelotas a Rio Grande. Os pescadores, bem próximos da margem Riograndina, não sei se pescaram alguma coisa, mas - com certeza - estão curtindo muito a tranquilidade do "sangradouro da lagoa Mirim".
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25 de maio de 2011

The Platters

,Esta semana, em Pelotas, teremos a apresentação da mais nova "formação" do famoso conjunto vocal norte-americano dos anos cinquenta, The Platters, cantando músicas inesquecíveis como Only You. Imperdível...

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Igreja do Galo - inauguração de obras

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A inauguração do

Museu Nossa Senhora do Rosário Bom Fim
aproxima-se, e todos estão convidados para estarem aqui em
São Gabriel
dia 17 de junho, às 18 horas.
Grande abraço.


Gerson Luis Barreto de Oliveira
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Uma foto muda o mundo - Plaça del Quinze de Maig

 Plaça del Quinze de Maig - Foto de Jacobo Méndez Díez
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Uma foto muda o mundo
Plaça del Quinze de Maig
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Luiz Caminha
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O fotojornalismo já legou à história documentos insubstituíveis, imagens que viraram ícones de um modo de vida, que denunciaram guerras sangrentas, testemunharam extermínios étnicos, dramas de desigualdade racial, social ou de gênero, que falaram mais que mil palavras e, por isso, contaram histórias por inteiro, sem precisar mais nada.
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É verdade que o fotojornalismo também nos empurrou fraudes que se perpetuaram como verdade e consagraram seus autores, como a do soldado republicano morrendo na guerra civil espanhola, de Robert Capa; do menininho subnutrido africano ameaçado pelo abutre, que ganhou um Pulitzer; aquela da bandeira erguida em Iwo Jima, de Rosenthal, ou mesmo a do beijo no Hotel de Ville, de Doisneau, armadas, preparadas, todas elas pequenas ou grandes farsas, mas nem por isso menos simbólicas ou belas.
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De lá pra cá, a tecnologia evoluiu como nunca, há recursos sensacionais, novas mídias, redes sociais, meios incomparáveis de fazer imagens paradas ou em movimento, especiais para, entre outras coisas, dar suporte a novas fraudes.
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 Cenas famosas fotografadas por Doisneau, Robert Capa e Kevin Carter
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Mas mesmo com tudo isso, volta e meia, voilá!, aparece no velho e bom estilo, sem truque ou armação, uma fotografia espontânea, tomada por um anônimo no lugar certo na hora certa, que registra um instante único e irrepetível.
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É o caso desta singela tomada em Valência durante o que se tornou conhecido como a #spanishrevolution no Twitter, ou o 15M em toda a Espanha e além, sigla que se refere a 15 de maio, data que deflagrou a manifestação dos jovens espanhóis inconformados com as poucas oportunidades de ingressar na vida econômica - 45% de desemprego entre as suas faixas etárias -, com as alternativas políticas que os partidos tradicionais proporcionam a eles e suas quase inexistentes chances de ser alguém no país que nasceram. E que, por isso, tomaram as praças das maiores cidades da Espanha em um manifesto inédito desde a época de Franco.
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A foto que ilustra a capa de El País do último domingo é uma dessas que falamos acima, rara, precoce e já consagrada na história da fotografia e do jornalismo.
O movimento que rendeu o flagrante na até então Plaça de l'Ajuntament, da prefeitura de Valência e que se transformou com a improvisação dos jovens revolucionários em Plaça del Quinze de Maig, praça do 15 de Maio, é o maior símbolo do movimento que parece começar a transformar a Espanha, um país que enfrenta dificuldades econômicas crescentes mas que aprendeu a duras penas nas últimas décadas - e gostou - a viver em democracia.
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O movimento da gurizada espanhola liquidou o governo nas eleições de domingo, vai provocar mais mudanças e empurrar o país numa direção diferente da que as elites políticas imaginavam.
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E é, de certa forma, também, uma ofensiva preventiva a dizer para bons entendedores que se depender dela, a gurizada, a Espanha não seguirá a receita e jamais virará uma nova Grécia, uma nova Irlanda, um novo Portugal, de joelhos à lei do FMI, que exigirá um pouco mais que todo o sangue dos espanhóis para garantir deixá-los vivos, exigências que os brasileiros mais antigos conhecem bem.
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Uma arma eficiente e verdadeira pelo menos eles, a gurizada, já têm para começar o enfrentamento midiático - um símbolo potente e vencedor: a foto da Plaça del Quinze de Maig.
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Luiz Caminha
jornalista
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NOTA
A foto da Plaça del Quinze de Maig, que foi capa do Paper Papers (Piqué/Peltzer) em 20 de Maio, é de Jacobo Méndez Díez, que diz: "Nací, crecí, me reproduje y hasta que lo contrario sea demostrado, soy inmortal". 
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24 de maio de 2011

Nova série de Carlo Andrey


O pintor bageense Carlo Andrey foi destacado hoje no Caderno Zoom, do Diário Popular de Pelotas, com seu novo trabalho inspirado no cantor pelotense Vitor Ramil. Leia matéria completa clicando na imagem do recorte do jornal.
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Mulheres em dobro

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A Secretaria de Cultura de Arroio Grande promove duas exposições de arte tendo Mulheres como protagonistas. Uma no Espaço/Arte da Biblioteca Pública Municipal e outra no Centro Cultural Basílio Conceição.
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Hoje é o dia do Telegrafista - II, Um "cobra" no controle

Nosso colega antes de se tornar Indiana Gerson Jones
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Entusiasta da avição e das ferrovias, o colega Gerson - que serviu na Base Aérea de Canoas e foi Controlador de Trens, foi lembrado por mim na postagem do Dia do Telegrafista e, além de comentar na postagem, enviou uma foto sua "no controle" para mostrar que sua especialidade não épegar cobra à unha...
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"Tchê Vaz, obrigado pela parte que me toca. Esclareço que quando controlei trens já era via telefone seletivo que, por sinal, era uma droga. Graças a esse sistema perdi 30% da acuidade auditiva nos dois ouvidos, mas, quando vim para Curitiba controlar trens, encontrei aqui o sistema por rádio e GPS via mensagem de texto. Todavia tive o prazer de conhecer o “manipulador”, mais conhecido por pica-pau, embora não o tenha operado.
E por sinal tenho uma foto trabalhando praticamente no mesmo trecho da foto do post, no ano de 1986. As diferenças de uma foto para a outra são muito pequenas, uma delas - que não aparece na minha foto - é que o meu trecho era Rio Grande - Cacequi, e na do post, é Bagé - Cacequi."
Gerson Mendes Correa
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Don Frutos em buena companhia

Foto de Alexandre S Gomes
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Foi divulgada ontem a relação dos finalistas ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa - 2011. Obras dos escritores portugueses Gonçalo M. Tavares, Inês Pedrosa, João Tordo, E. M. de Melo e Castro, do angolano José Eduardo Agualusa e dos brasileiros Adélia Prado, Cristóvão Tezza, Dalton Trevisan, Aldyr Garcia Schlee (Don Frutos, Editora ARdoTEmpo), João Gilberto Noll, Marina Colasanti, Carlos Heitor Cony, Mariana Ianelli, João Paulo Cuenca, Lourenço Mutarelli estão entre os 50 finalistas do Prêmio nas diversas categorias. Foram escolhidos entre as 380 obras selecionadas de um total de 420 inscritas. Uma nova relação de dez finalistas será divulgada em Setembro.
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Clique AQUI para saber mais sobre o Livro.
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Hoje é o Dia do Telegrafista

Otacílio Fontana na mesa de controle da VFRGS na Estação de Bagé
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O velho manipulador que Dídimo usava na VFRGS ficou de herança para o filho
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Hoje, segundo meu inseparável Almanaque do Pensamento – Edição 2011, é o Dia do Telegrafista. Telegrafista lembra trens, lembra Viação Férrea Federal, lembra Viação Férrea do Rio Grande do Sul, lembra o colega do Estadual Gerson Mendes Corrêa, lembra o Dídimo Paes de Oliveira e lembra o Otacílio Fontana.
O Otacílio nasceu em Rio Pardo, em 1922, e além de trabalhar como Telegrafista no controle de trens da VFRGS, era homem de rádio, homem do esporte, "o homem que comenta porque sabe comentar", que era como o apresentavam, tanto na Rádio Cultura como na Rádio Difusora, emissoras que disputaram suas análises futebolísticas, temporada após temporada. O Dídimo nasceu em Montenegro, em 1911, filho de um imigrante português e de uma indígena da região, entrou para a então Viação Férrea do Rio Grande do Sul logo após concluir o Tiro de Guerra, que era o período curto de serviço militar que se fazia na época. Começou como Tuco, na Vila Olimpo, passou a Guarda-fio, e depois foi promovido a Telegrafista, trabalhando no controle de trens em Bagé, por mais de vinte anos até a sua aposentadoria.
Parabéns a todos os Telegrafistas, hoje tão escassos, e que foram tão importantes para o desenvolvimento do País. Na transmissão telegráfica, feita através dos “manipuladores” enviando “ponto, traço, ponto...”, seus ágeis dedos garantiram a nossa segurança pelos trilhos do Brasil afora. No Estadual também tivemos muitos colegas militares que eram Telegrafistas, principalmente da Aeronáutica, que falavam chiado e que, normalmente, aplicavam para as gurias que “eram do Rio”.
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NOTAS
1 - O Otacílio Fontana é o pai do Sérgio Fontana, Engenheiro Civil e Meteorologista, que mora em Pelotas e é também editor do blog O SéculoXX, de onde eu copiei a foto da mesa de controle.
2 - O Dídimo Paes de Oliveira é o pai do nosso colega de aula Paulo Antônio Barros de Oliveira, Médico, que foi estudar em 1972 na UFRGS e ficou morando em Porto Alegre.
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23 de maio de 2011

Dilermando, vó Luiza, Getúlio e as velas de Nª Sª Auxiliadora

... ou de como minha avó Luiza - admiradora de Dilermando Cândido de Assis,
tornou-se devota de Nossa Senhora Auxiliadora
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 Dilermando Cândido foi salvo da guerra pelas velas votivas
acesas pela vovó Luiza para Nossa Senhora Auxiliadora...
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A data de 24 de maio de 1943 marca, segundo vários historiadores, o início da tradição das velas votivas na procissão de Nossa Senhora Auxiliadora, em Bagé. A iniciativa foi do padre Edegar Aquino Rocha, segundo as mesmas fontes. A data coincide com outras efemérides mas não tem ligação com elas. Esse fato ocorreu no auge da segunda guerra mundial. O presidente Getúlio Vargas já havia sido convencido pelo colega norte-americano Franklin Roosevelt a passar para o lado dos “aliados”. Um tour de force do presidente americano já trouxera ao Brasil, além do magnata Nelson Rockfeller, os cineastas Walt Disney e Orson Welles. Éramos os melhores amigos deles “desde criancinhas”. Roosevelt aprovou lei comercial no Congresso americano que colocava o Brasil em condições de ir à guerra. “Em três de março de 1942 o Brasil – através de um acordo de Empréstimo e Arrendamento, fixou em 200 milhões de dólares as importações de armamentos pelo Brasil, com uma redução de 65% nos preços”. Não dava para perder essa barbadinha... Getúlio, como já declarara antes, não queria ser apenas um fornecedor de materiais e gêneros alimentícios no conflito mundial. Ele queria os soldados brasileiros lutando na guerra, afinal nós éramos “do lado deles”. Mães, esposas, filhos e filhas dos soldados brasileiros sabiam o que isso poderia significar. A disposição de Getúlio era clara: os militares brasileiros deveriam lutar na guerra, morrer – se preciso fosse - na guerra, ou sobreviver, e só aí poder voltar para o Brasil, voltar para casa, voltar para suas famílias. Esse fato – da possibilidade do Brasil entrar na guerra (a FEB só foi criada em 9 de agosto de 1943) talvez tenha sido levado em consideração pelo padre Edegar.
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...cuja procissão, em 2011, terá painéis pintados por seu bisneto, 
Carlo Andrei e - pelo que parece, também pelos tetranetos Carlinhos e Alice
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As velas votivas começaram naquele ano a ser acendidas nas janelas das casas por onde passava a procissão, mas, depois, a tradição acabou se estendendo para as outras janelas de Bagé. Nesse ano de 1943 minha avó, que já havia se alegrado com a entrada dos “guris” para o quartel, começou a acender as velas pois temia que se o Brasil entrasse mesmo na guerra, como queria Getúlio,  três de seus filhos fossem combater no front europeu. Um deles, Dilermando Cândido, foi a um estúdio da rua Sete de Setembro e tratou de se “retratar” e presentear sua mãe com uma foto sobre a qual ela derramaria todas as suas lágrimas. Dos três, só ele chegou a ir até o Rio de Janeiro mas não embarcou para a Itália. Acho que minha avó naquele ano – e nos seguintes, acendeu umas duzentas velas para Nossa Senhora Auxiliadora...
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NOTAS
1 - Minha avó achava bonito o nome do militar, nascido na capital gaúcha, Dilermando Cândido, mesmo que o rapaz tivesse ficado famoso por causa da morte do escritor Euclides da Cunha. Dilermando Cândido de Assis era amante assumido de Ana Emília Ribeiro da Cunha e, quando Euclides tentou matá-lo com três tiros na casa dele no bairro da Piedade, no Rio, o engenheiro militar que era perito em armas, reagiu e feriu mortalmente o jornalista e escritor de Os Sertões, com dois disparos certeiros, num domingo, 15 de agosto de 1909. Absolvido após julgamento comentadíssimo em todo o país, Dilermando Cândido casou-se em 11 de maio de 1911 com a viúva Ana da Cunha e foi morar em Bagé. Sua casa passou a ser um ponto de referência cultural na cidade e foi lá que vovó Luiza o conheceu. Engenheiro, o 1º tenente Dilermando Cândido foi responsável por várias construções na cidade inclusive o prédio do Quartel General do Exército, obra realizada entre 1918 e 1922 .

Na época da 2ª guerra, o Dilermando "original" – que emprestara o nome para um dos filhos de minha avó - e meu tio, já estava em Rio Grande comandando o 7º GMAC, Grupo Móvel de Artilharia de Costa. Mas aí já é uma outra história...
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A minisérie Desejo foi ao ar nos anos 90
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2 - A Rede Globo de Televisão produziu e apresentou em 1990 a minisérie Desejo, escrita por Glória Perez, com direção geral de Wolf Maia, contando essa tragédia de amor. Nos papéis principais atuaram Tarcísio Meira, Vera Fischer e Guilherme Fontes como Dilermando Cândido de Assis. O papel de dirigente do Botafogo, time onde jogava Dinorah, o irmão de Dilermando que na tragédia foi baleado por Euclides e acabou ficando hemiplégico, foi desempenhado por Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa, o Valdir Espinosa (*) técnico do clube, que fez participação especial na minisérie. Dinorah, não suportando a paralisia, suicidou-se em 1921.
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(*) Espinosa atuou como jogador e técnico em vários times de futebol e era o treinador do Grêmio na conquita do Mundial de Clubes de Tókio, em 1983.
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22 de maio de 2011

E os guris ganharam de novo!!

... e desta vez trouxeram SETE medalhas da Remosul.
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O medalhista David Boeira, vencedor da categoria Skiff Juvenil
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Atletas do Clube Náutico Gaúcho conquistaram sete medalhas na segunda etapa da Copa RS de Remo realizada na raia da Remosul, em Porto Alegre no último sábado.
Dos onze atletas da equipe, dois conquistaram medalha de Ouro, outros dois a de Prata e três, a de Bronze, nas diversas categorias disputadas. Os medalhistas foram: Ouro, David Boeira, na categoria Skiff Juvenil e Wagner Rauber, na Skiff Estreante. A Prata foi obtida por Victor Ruzicki, na Skiff Júnior e Luiza Nascente, na Canoe Juvenil. O Bronze ficou com Luize Fonseca, Canoe Juvenil, Fredy Neugebauer, Skiff Estreante e Alexandra Fick, Canoe Estreante.
Os atletas Luiza, Benhur, Victor, Luize, Fredy, Jennifer e Vinícius,
que ficaram hospedados na sede do Grêmio Náutico União
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O CNG, clube pelotense dedicado ao Remo, fundado em 1932, após muitos anos de baixa frequência, está retomando com toda garra as suas atividades graças a projetos sociais apoiados por empresas como a Freedom – veículos elétricos e o Posto Cidadão Capaz/Petrobrás que, patrocinando diversos jovens da vizinhança, tem obtido, competição após competição, excelentes resultados sociais, esportivos e educacionais. O Clube oferece além da academia, aulas e técnicas de Remo para profissionais e amadores. “Além de ser uma atividade física completa, o Remo é praticado ao ar livre, na raia do Canal São Gonçalo”, destaca Marcelo Vaz, profissional de Educação Física e instrutor do CNG. “Estamos atualmente trabalhando com remadores de todas as idades”, diz Oguener Tissot, treinador da equipe, salientando que “o Clube está resgatando uma história vitoriosa do Remo, onde Pelotas foi destaque no Estado durante décadas”. João Augusto Fonseca, presidente do Clube, destaca a importância do apoio recebido por empresas como a Freedom, no projeto Remando contra a maré, e convida mais empresários para visitar o clube, desfrutar da magnífica paisagem e, principalmente, conhecer estes jovens que remando contra a maré, estão devolvendo à nossa cidade o orgulho de possuir um clube com a tradição e a história de vitórias do Gaúcho.
Wagner, Benhur, Victor, Fredy, Jennifer, Vinicius, Paulo – vice presidente do Clube,
Luiza, Luize, David, Marcelo – instrutor e diretor, e Moacir – diretor, na ilha do Pavão
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Paulo Dobke, vice presidente do Clube, destaca "o apoio recebido do Grêmio Náutico União, que hospedou a comitiva pelotense em suas excelentes instalações na Ilha do Pavão, no Rio Guaíba, em Porto Alegre", e agradece também a Remosul que, segundo informa, "pensa em realizar uma das etapas da competição de 2012 em Pelotas, ano em que se se comemorará os 80 anos do Gaúcho e os 200 da  cidade". O Clube Náutico Gaúcho está localizado na rua Bento Martins, nº 2, às margens do canal São Gonçalo. "Agende uma visita, ou obtenha mais informações sobre as atividades esportivas e a academia de Remo, pelo telefone 3272 1332, e venha também ser um vencedor", convida o presidente Guto Fonseca.
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