2 de maio de 2011

E a chuva (de meteoros) continua...


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E a "chuva" continua...
A professora Virginia Melo Alves, do IFM/UFPel, informa:
"Observaremos: chuva de meteoros, Lua, constelações, Via-Láctea, Saturno, aglomerados e nebulosas. Levar: · Cadeira de praia reclinável (ficaremos olhando para cima); Agasalhos e toucas; Lanternas cobertas com papel celofane vermelho (para não ofuscar os olhos);  Água e lanches; Telescópios ou binóculos, quem tiver. INFORMAÇÕES NO LABORATÓRIO DE ASTRONOMIA ATÉ O DIA 03 DE MAIO OU PELO EMAIL astroufpel@hotmail.com
Valor da inscrição: R$ 10,00 ATENÇÃO: Se chover ou estiver nublado não haverá a atividade. Nesse caso, confirmar no portal da UFPel www.ufpel.edu.br  "
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3 comentários:

Hamilton Caio Vaz disse...

Hoje é o dia da maior intensidade dos meteoros, mas eles devem continuar atrativos pelos próximos dias. O melhor local da observação é escolhido levando em conta a altitude da região, a distância da luminosidade urbana e a menor poluição do ar, o que parece acontecer nessa área de Canguçu. Salvo algum nevoeiro, parece que o tempo está prometendo colaborar com o espetáculo dos meteoros, apesar do frio que deverá estar congelante. Mas esta poderá ser a melhor oportunidade do ano para ver alguns meteoros. A constelação de Aquário, a origem aparente dessa chuva, está aparecendo tarde, depois das 2h da madrugada, no horizonte leste. Depois de ver o primeiro meteoro cair, é só marcar o local no céu e ficar de olho, logo outros virão atrás, quem sabe até alguma "bola de fogo". Mas uma visão melhor sempre é possível quando a região de origem no céu estiver mais alta no horizonte, nesse caso a partir das 3h30min ou 4h.

Luiz Carlos Vaz disse...

Pois Hamilton, eu já pedi à professora Virgínia fotos da observação - se acontecer, claro. A noite promete.

Hamilton Caio Vaz disse...

Luiz Carlos, como bem sabes, a fotografia é um registro importante em astronomia. Mas a era da foto digital chegou com dois lados distintos. Por um lado popularizou a fotografia, mas de outro tirou-nos a capacidade, por algum tempo pelo menos, de fazermos registros de maior exposição, como fotos de cometas e meteoros. Esse problema tive em janeiro de 2007, quando só havia máquina digital. A câmera tradicional já estava aposentada por falta de filme no comércio. Assisti então a um espetáculo único aqui no Cerro de Bagé, por noites seguidas, o cometa McNaught, ocupando uma grande parte do firmamento na direção sudoeste, à direita do aeroporto, a melhor visão de um cometa que já observei. Pois faltou uma simples câmera de filme com tripé. Nas minhas anotações consta que a melhor visualização foi no dia 18 de janeiro, depois observei nos dias 20, 21 e 22. No dia 29 voltei ao cerro novamente, mas aí só consegui observar o cometa com binóculo. Usei um 7x50 com bom resultado. O McNaught fazia a sua primeira visita conhecida ao sistema solar, tinha sido descoberto com o uso dos novos equipamentos fotográficos digitais, de uso profissional. Ele até deixou saudade pelo belo espetáculo que proporcionou, e agora está retornando para completar um longo período de 100.000 anos, como já foi calculado. Isso significa que ele começou a viagem para o sistema solar 50.000 anos atrás, quando foi capturado pela gravidade do Sol e seu sistema de planetas, em plena era do gelo e do homem de Neanderthal, aqui na Terra.