19 de dezembro de 2011

Baguá dos 200 Anos - Sangue, suor e cerveja

Foto publicada no site do Guarany FC


Sangue, suor e cerveja
Sergio Galvani

"No segundo clássico pela disputa dos 200 anos da cidade teve de tudo. Expulsão, faltas ríspidas, confusões e, o principal: gol. Um só, do Guarany, que agora empata em número de pontos com o Bagé e deixa tudo igual para a conquista da Taça. Ficou tudo para julho.
O técnico Sabella fez uma mudança em relação ao time que jogou o primeiro clássico. Colocou Wágner Rincon no banco e promoveu a entrada de Nilier no meio campo. A decisão foi tomada durante os coletivos da semana, onde o Guarany teve mais tempo para se preparar fisicamente, sob orientação de Marcel Almeida.
O primeiro tempo foi parco em oportunidades de perigo. Os times tentaram por várias vezes uma jogada mais trabalhada, mas o que mais se viu foram chutes de longa distância por cima das metas ou que chegavam fracas para Samuel e Fernando. Em algumas oportunidades, as tentativas mais trabalhadas acabavam sendo destruídas pelas defesas.
Já no segundo tempo a partida foi bem mais emocionante. Logo a um minuto de partida, o meia Everton Cruz correu pela esquerda sozinho, invadiu a área e quando estava quase sem ângulo chutou cruzado. A bola passou pelo goleiro Fernando e bateu na trave.
Depois foi a vez do Bagé responder. Pela esquerda, em jogada bem executada, a bola foi parar com Hiroshi, que chutou forte, no canto de Samuel. A pelotinha passou rente à trave, foi quase o empate.
SANGUE
Em jogada disputada pelo alto, o jogador do Guarany, Aguinaldo, foi atingido por Evandro, no rosto. Sangrando, o lateral esquerdo alvirrubro foi tirar satisfações com o adversário e uma confusão se formou no gramado. Para não perder a condução da partida, os protagonistas do lance foram expulsos por Anderson Daronco.
Com 20 jogadores em campo, era natural que tivesse mais espaço no campo e o Guarany parece que se aproveitou mais disso. Michel fez jogada individual, entrou na área e cruzou para Everton Cruz que esperava na linha da pequena área. Quando ia concluir para gol, a bola foi desviada no último segundo.
De novo Bagé. Em cobrança de falta pela direita, a bola passou por toda extensão da área, até que foi desviada de cabeça em direção ao gol. Com uma segurança impressionante, Samuel fez a defesa sem rebote.
SUOR
Os atletas do Guarany não estavam cansados e pareciam agüentar até a última gota de suor.
O jogo se encaminhava para o empate quando aos 45 minutos do segundo, Tainã, que havia entrado no lugar de Michel, recebeu pelo meio campo e tocou para Alê Menezes. O centroavante alvirrubro tirou o marcador da jogador com um drible desconcertante, rolou a bola para a frente e deu um chute certeiro no cantinho de Fernando.
No finalzinho, aos 48 minutos, o Bagé teve a chance de empatar. Em um lance pela direita, o atacante jaldenegro recebeu, passou pela pequena área e no momento do chute o goleiro Samuel foi preciso na defesa e garantiu o 1x0.
CERVEJA
No final da partida, já na calçada do estádio Estrela D´alva, atletas, colaboradores, diretores e alguns torcedores comemoravam a vitória regada por quatro caixas de cervejas cedidas por Carlos Alberto Pastorini, o Fifi. Os atletas fizeram muito mais festa ainda quando o técnico Sabella entregou para Bonaldi o cheque no valor de 12 mil reais como pagamento pela vitória no jogo, que serão divididos entre todo elenco de atletas.
As camisetas do jogo de hoje estão a venda por 200 reais (alusivo aos 200 anos de Bagé). Quem desejar comprar esta peça histórica, deve ligar para (53) 9962-2074.
Agora tudo fica para 2012, quando mais dois clássicos serão disputados em julho, quando será conhecido o campeão da cidade.
O Guarany venceu o clássico com Samuel, Ilson, Bonaldi, Darzoni e Aguinaldo; Cléber, Felipe, Nilier, Éverton Cruz (Wágner Rincon); Michel Sousa (Tainã) e Alê Menezes (Leandro Magrão)."
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Publicado em Guarani FC
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Um comentário:

olmiro muller disse...

O clássico baguá sempre foi histórico.
Lembro-me que, no fim da década de 1950, havia um dirigente do Bagé, muito conhecido na cidade, que tentava subornar os árbitros, buscando resultado favorável para o clube jalde-negro. Não sei se conseguia seu intento. Suponho que os dirigentes do Guarany também usavam o mesmo recurso.