Os cilindros de gás Butano fizeram parte dos equipamentos
resgatados que foram levados embora junto com o sonho de Fossett.
resgatados que foram levados embora junto com o sonho de Fossett.
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Eu havia pedido
ao meu amigo Nauro Jr fotos do Steve Fossett, pois sabia que ele também havia
feito a cobertura da queda do Solo Spirit em Bagé. Mas o Nauro custou
a me responder. Ele nunca está onde a gente pensa que ele deveria estar - em
casa, brincando com a Sofia. O Nauro está onde as coisas estão acontecendo.
Seja um dia normal de semana, um domingo ou feriado. Seja em Pelotas, Jaguarão,
Montevideo... Seja dia ou noite. Se ele já não está no lugar do fato, vai até
ele. E foi na transição de 15 para 16 de janeiro de 2009 que ele foi fazer a
cobertura que seria a mais triste de sua vida de repórter fotográfico. Nauro
foi ao entroncamento da RST-471 e da BR-392, em Canguçu, fotografar o ônibus
que conduzia o Grêmio Esportivo Brasil e que havia capotado seis vezes. E lá
não encontrou apenas o acidente. Encontrou o seu amigo Claudio Millar morto.
Claudio Millar, o maior artilheiro de campeonatos organizados pela Federação
Gaúcha de Futebol estava morto. Ele e mais dois integrantes da equipe do nosso
Xavante. E em meio a dor e o compromisso profissional, e percebendo a magnitude
do fato, Nauro tomou uma decisão naquela madrugada, a de escrever um livro para
contar em detalhes esse doloroso episódio. Junto com o colega da ZH, Eduardo
Cecconi, lançou em 2009 pela Editora Livraria Mundial, A noite que não
acabou, livro que bateu recordes de venda nas feiras do livro de Porto Alegre e
Pelotas.
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Nesta
quarta-feira, quando o Nauro conseguiu tempo para me mandar as fotos do Steve
Fossett e do Solo Spirit, eu já havia publicado a postagem, mas quando vi
as fotografias feitas por ele em Bagé em 2001, percebi que era necessário
publicar uma nova postagem sobre o tema do balão devido ao conteúdo humano das
imagens, uma característica do trabalho do fotógrafo Nauro Jr. Hoje os leitores
do blog podem comprovar isso. Quem quiser conhecer mais o trabalho do Nauro
pode acessar o seu blog onde vai encontrar a seguinte apresentação:
"Nauro
Júnior tem 40 anos de vida e 20 de fotografia. Há 13 anos é fotógrafo da
sucursal da Zero Hora em Pelotas, responsável pela cobertura dos municípios do
sul do Estado. Apaixonado pela fotografia, começou a vida profissional aos 12
anos, como sapateiro, no Vale dos Sinos. De lá pra cá desbravou muitos
caminhos, até encontrar o que hoje considera a equação perfeita: uma verdadeira
profissão-hobby, ser fotógrafo! Adora navegar e se orgulha de pertencer ao Rio
Grande do Sul, com toda sua cultura e diversidade. Considera-se um pelotense de
coração, terra onde largou âncora e ao lado da esposa Gabriela, e da filha
Sofia, sedimentou seus grandes sonhos. Também é pai de Daniele, de 15
anos."
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7 comentários:
Mas essas fotos ficaram muito boas. Aquela terceira foto me fixei no gaipeca meio cestroso olhando de longe a gaucha trepada naquele cesto tecnologico.
Pois detalhes como esse, Gerson, foram o motivo para que eu fizesse uma "complementação" da postagem do balão com as fotos do Nauro. Dando dois cliques nas fotos elas aumentam bastante e é possível observar melhor ainda.
Mas tchê, Gerson, essas fotos ficaram "prá lá de muito boas", ficaram excepcionais ! A sequência das duas fotos em que os dois peões estão "bombeando a cuia voadora", então, está fantástica. Parabéns ao Nauro Jr pela qualidade dessa reportagem fotográfica e ao Vaz pelo resgate dessa mina de imagens !
Colegas, faltou um comentário importante a fazer: o que seriam das fotos, não fossem as legendas ? A legenda multiplica o valor da fotografia; pode também contar a história por um lado interessante e divertido. As que o Vaz colocou nessas fotos são um ótimo exemplo.
Notícias da época em que Steve Fosset passou por Bagé, no blog abaixo:
http://bagealemfronteira.blogspot.com?2007?12?bag_19.html
Caro Vaz:
Em visita ao teu excelente blog, visitei o link "Tinha que ser em Bagé" e lembrei de um texto que escrevi em 2007 para o meu blog (atualmente inativo)Puro Futebol. O curioso é que já em 1909, um balão argentino também caiu em solo bageense. Se chamava Huracán e deu nome a um grande time argentino. O fato pode ser constatado no site do Huracán: "A medidos de 1909 el ingeniero Jorge Newbery pilotea por primera el globo aerostatico “Huracán” traído desde Francia, pero su mayor travesía la realiza ese mismo año, cuando en diciembre sale piloteando el globo, desde el barrio de Belgrano hasta ciudad brasileña de Bagé. Dicho hecho inspiró el distintivo del club".
No texto, relato que em Bagé também havia um time amador, em meados dos anos 50, batizado de Huracan:
http://purofutebol.blogspot.com.br/2007/02/histria-do-futebol-huracn.html
Um grande abraço e parabéns por ajudar na conservação da memória de Bagé.
George
que bela história essa do Huracán, vou reproduzir aqui no nosso blog, com certeza.
um abraço
Vaz
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