19 de agosto de 2010

Tinha que ser em Bagé! – V, Um balão caiu do céu - As fotos do Nauro Jr.

Tão logo pisou em solo bageense, Fossett pulava cercas
como se tivesse sido criado por aqui...


... e já foi tomando um mate para aquecer os ossos. 

Os peões chegaram bem perto para ver aquela "cuia voadora"...

... e deram uma bombeada no seu interior.

Sempre aparece um gremista curioso...

Os cilindros de gás Butano fizeram parte dos equipamentos
resgatados que foram levados embora junto com o sonho de Fossett.

Uma velha e guapa Rural Willys rebocou até a cidade
a mais alta tecnologia britânica pifada...

... mas o pano prateado ficou em Bagé para a alegria da piazada.


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Eu havia pedido ao meu amigo Nauro Jr fotos do Steve Fossett, pois sabia que ele também havia feito a cobertura da queda do Solo Spirit em Bagé. Mas o Nauro custou a me responder. Ele nunca está onde a gente pensa que ele deveria estar - em casa, brincando com a Sofia. O Nauro está onde as coisas estão acontecendo. Seja um dia normal de semana, um domingo ou feriado. Seja em Pelotas, Jaguarão, Montevideo... Seja dia ou noite. Se ele já não está no lugar do fato, vai até ele. E foi na transição de 15 para 16 de janeiro de 2009 que ele foi fazer a cobertura que seria a mais triste de sua vida de repórter fotográfico. Nauro foi ao entroncamento da RST-471 e da BR-392, em Canguçu, fotografar o ônibus que conduzia o Grêmio Esportivo Brasil e que havia capotado seis vezes. E lá não encontrou apenas o acidente. Encontrou o seu amigo Claudio Millar morto. Claudio Millar, o maior artilheiro de campeonatos organizados pela Federação Gaúcha de Futebol estava morto. Ele e mais dois integrantes da equipe do nosso Xavante. E em meio a dor e o compromisso profissional, e percebendo a magnitude do fato, Nauro tomou uma decisão naquela madrugada, a de escrever um livro para contar em detalhes esse doloroso episódio. Junto com o colega da ZH, Eduardo Cecconi, lançou em 2009 pela Editora Livraria Mundial, A noite que não acabou, livro que bateu recordes de venda nas feiras do livro de Porto Alegre e Pelotas.
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Nesta quarta-feira, quando o Nauro conseguiu tempo para me mandar as fotos do Steve Fossett e do Solo Spirit, eu já havia publicado a postagem, mas quando vi as fotografias feitas por ele em Bagé em 2001, percebi que era necessário publicar uma nova postagem sobre o tema do balão devido ao conteúdo humano das imagens, uma característica do trabalho do fotógrafo Nauro Jr. Hoje os leitores do blog podem comprovar isso. Quem quiser conhecer mais o trabalho do Nauro pode acessar o seu blog onde vai encontrar a seguinte apresentação:
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"Nauro Júnior tem 40 anos de vida e 20 de fotografia. Há 13 anos é fotógrafo da sucursal da Zero Hora em Pelotas, responsável pela cobertura dos municípios do sul do Estado. Apaixonado pela fotografia, começou a vida profissional aos 12 anos, como sapateiro, no Vale dos Sinos. De lá pra cá desbravou muitos caminhos, até encontrar o que hoje considera a equação perfeita: uma verdadeira profissão-hobby, ser fotógrafo! Adora navegar e se orgulha de pertencer ao Rio Grande do Sul, com toda sua cultura e diversidade. Considera-se um pelotense de coração, terra onde largou âncora e ao lado da esposa Gabriela, e da filha Sofia, sedimentou seus grandes sonhos. Também é pai de Daniele, de 15 anos."
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7 comentários:

Gerson Mendes Corrêa disse...

Mas essas fotos ficaram muito boas. Aquela terceira foto me fixei no gaipeca meio cestroso olhando de longe a gaucha trepada naquele cesto tecnologico.

Luiz Carlos Vaz disse...

Pois detalhes como esse, Gerson, foram o motivo para que eu fizesse uma "complementação" da postagem do balão com as fotos do Nauro. Dando dois cliques nas fotos elas aumentam bastante e é possível observar melhor ainda.

Hamilton Caio disse...

Mas tchê, Gerson, essas fotos ficaram "prá lá de muito boas", ficaram excepcionais ! A sequência das duas fotos em que os dois peões estão "bombeando a cuia voadora", então, está fantástica. Parabéns ao Nauro Jr pela qualidade dessa reportagem fotográfica e ao Vaz pelo resgate dessa mina de imagens !

Hamilton Caio disse...

Colegas, faltou um comentário importante a fazer: o que seriam das fotos, não fossem as legendas ? A legenda multiplica o valor da fotografia; pode também contar a história por um lado interessante e divertido. As que o Vaz colocou nessas fotos são um ótimo exemplo.

Manoel Ianzer disse...

Notícias da época em que Steve Fosset passou por Bagé, no blog abaixo:
http://bagealemfronteira.blogspot.com?2007?12?bag_19.html

George disse...

Caro Vaz:
Em visita ao teu excelente blog, visitei o link "Tinha que ser em Bagé" e lembrei de um texto que escrevi em 2007 para o meu blog (atualmente inativo)Puro Futebol. O curioso é que já em 1909, um balão argentino também caiu em solo bageense. Se chamava Huracán e deu nome a um grande time argentino. O fato pode ser constatado no site do Huracán: "A medidos de 1909 el ingeniero Jorge Newbery pilotea por primera el globo aerostatico “Huracán” traído desde Francia, pero su mayor travesía la realiza ese mismo año, cuando en diciembre sale piloteando el globo, desde el barrio de Belgrano hasta ciudad brasileña de Bagé. Dicho hecho inspiró el distintivo del club".

No texto, relato que em Bagé também havia um time amador, em meados dos anos 50, batizado de Huracan:

http://purofutebol.blogspot.com.br/2007/02/histria-do-futebol-huracn.html

Um grande abraço e parabéns por ajudar na conservação da memória de Bagé.

Luiz Carlos Vaz disse...

George
que bela história essa do Huracán, vou reproduzir aqui no nosso blog, com certeza.
um abraço
Vaz