1 de dezembro de 2010

Leninha, ainda temos pastéis?

 
Maria Helena Pedroso e sua colega Regina na Padaria Bianchetti
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Esta postagem é dedicado ao colega
Gerson Luis Barreto de Oliveira
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Muitas histórias passadas na Esquina Bianchetti têm relação com o Estadual. Pudera, a “Esquina” era ali ao lado. E isso vem desde o tempo em que ali funcionava a Padaria Sul-Brasil. Muitas histórias contadas pelo Gerson, o filho do seu Sírio Bianchetti, trazem à nossa memória aquele lugar que, além de tudo mais que se possa dizer, fabricava os mais famosos “dentinhos” da cidade. Pois o colega Ézio Sauco outro dia lembrou que sua avó trabalhou lá e nos relatou um acontecimento pitoresco. Maria Helena atuava em vários setores do Bianchetti. Cozinha, balcão, padaria, enfim, em dias de muito movimento fazia de tudo um pouco numa correria só… Foi num momento assim, com muitos fregueses e muitos pedidos, que o seu Sírio, de longe, perguntou em voz alta para a avó do Ézio: - Leninha, ainda temos pastéis? Ela, mais do que depressa, e para ser discreta e não responder também em voz alta devido à distância, pegou um pastel, com a mão mesmo, e “abanou” para o seu Sírio fazendo um “sim” com o movimento de cabeça. Sírio Bianchetti não podia crer no que via, sua funcionária lhe abanando com um pastel na mão..., e voltou rápido ao salão para confirmar ao cliente: - Sim, ainda temos pastel! Só mais tarde é que caiu a ficha da Maria Helena, mas ao fim da jornada de trabalho todos riram muito da inusitada situação da nova funcionária. Ela sempre conta ao Ézio o carinho e a atenção que recebia não só do casal Bianchetti, mas também da Vó Pepa, que foi quem a batizou de Leninha, pois já havia lá outra moça com o mesmo nome. Todos sempre lembravam esse fato, quando em meio à correria da esquina Bianchetti, logo nas primeiras semanas de trabalho da dona Maria Helena Pedroso, a avó do Ézio, ela abanou para o seu patrão empunhando um pastel…
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2 comentários:

Gerson Mendes Correa disse...

Um dos muitos detalhes, desta foto, visualisei um pacote de pão amarrado com cordão, lembrei-me da prática que os padeiros tinham de amarrar o pão daquele jeito desde o manuseio do cordão que ficava pendurado acima do balcão, na maioria das vezes, era impressionandte a prática, não erravam um manotaço na piola, como diziam meus tios. Na minha maneira de ver era bem mais higiênico do que agora, que simplesmente jogam o pãosinho dentro de uma sacolinha plastica e amarram as alças.
Quanto ao abanico com o pastel na mão é o que hoje chamamos de jogo de cintura. Me veio agora em minha mente o borburinho de conversas que se misturavam por aquele por salão imenso, o correr dos garçãos por entre as mesas, deixando um a brahma aqui uma polar ali ou até mesmo uma antartica acolá, eu gostava demais de ir na Esquina Bianchetti, bons tempos, e com certeza fui atendido algumas vezes pela a avó do noso amigo e colega Ezio.

Anônimo disse...

Vaz

Muito obrigado, mesmo. Por um momento o salão do Bianchetti se materializou na minha frente. As duas estão em frente ao quadro do " Peão no Pilão ", que ficava no setor da padaria, com os docinhos do " Seu " Ubaldo, uruguaio e fantástico artista plástico, e do " Seu " Cibica, este era o autor das melhores " orelhas de gato ". Um abraço para o Ézio e sua avó.
Ela foi apelidada assim porque na cozinha já era célebre a D. Helena, cozinheira habilidosa que acompanhava a família desde o Santa Cruz.
Abração
Gerson Oliveira