6 de dezembro de 2010

A luz no fim do túnel - III, O prédio da Estação


Falando em trens... a Dulce Guasque, prima do Gerson, manda - direto de São Paulo, esta bela foto da nossa Estação, que era como a gente chamava o prédio da Viação  Férrea em Bagé. Em primeiro plano aparecem cavalos e carroças que faziam os fretes das mercadorias que chegavam de outras localidades. Lembro que, já morando em Bagé, ajudei a levar a Cabrita até lá para que embarcasse no trem e fosse levada para a Hulha Negra. Cabrita era a nossa vaca jersey que muito leite me forneceu até que passei a tomar o leite pasteurizado do entreposto da Gelsa, que ficava ali em frente ao Clube de Tênis, que depois virou rodoviária... O leite da Gelsa vinha em garrafas de vidro que eram fechadas com uma tampinha de alumínio. Quando o caminhão do leite passava fazia aquele barulho característico dos engradados de arame batendo uns nos outros. Mas nem com banda de música o leite da Gelsa tinha o gostinho do leite da Cabrita...
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Um comentário:

Gerson Mendes Corrêa disse...

Tche loko, muitas garrafas daquelas deixei cair nos trilhos, perdia o leite e ainda levava uns puxões de orelha pra ficar esperto. Mas voltando à estação de Bagé, por sinal hoje, muito bem conservada me lembra muita coisa, as viagens para Rio Grande, as vezes que fui buscar carne que vinha de tres estradas, ou até mesmo de ir falar com papai pois a secção dele era na propria estação. Lembro como era divertido a chegada e a saída dos trens de passageiro, era um burborinho de conversas e risadas, corre e corre nos banheiros para lavar mãos e rosto, principalmente no verão enquanto isso o pessoal do bagageiro se virando que nem biscoito em boca de véia sem dente, cosa de loco, barbaridade!