Procópio Ferreira está no centro da foto, de gravata listrada
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O amigo José Henrique Medeiros Pires, presidente do Instituto João Simões Lopes Neto, encontrou esta fotografia em uma publicação da Funarte. Ela pertence ao arquivo pessoal de Bibi Ferreira, e tem no verso a seguinte anotação que reproduzimos aqui:
“A Rádio Cultura de Bajé 2-4-64, altamente honrada com a visita de Procópio, guardou esta lembrança fotográfica.
Lembre-se de nós na certeza que nós sempre
lembraremos de você.
Bagé, 20-8-46 - Heraldo Duarte”
Quem pode nos dizer alguma coisa sobre esta passagem de Procópio Ferreira por Bagé? As anotações: 2-4-64 e 20/8/46, são datas? Estão corretas?
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10 comentários:
Pelas roupas e pela idade do Procópio,não tenho dúvidas,o ano é 1946.Abraços,Henrique
Já sei quem pode falar sobre isso. O jornalista Mário Nogueira Lopes, que nessa época já trabalhava com seus jornais experimentais.
- Ézio Sauco
Decifrando em parte o Procópio Ferreira em Bagé: O "2-4-64", provavelmente manuscrito com letra de médico, deve ser "ZYG-4", o antigo prefixo da Cultura, antes da mudança que houve nessa nomenclatura de prefixos. A data final é, então, a data da dedicatória na fotografia e deve estar relacionada com a fundação da Rádio Cultura de Bagé, que ocorreu um pouco antes, em 04-07-1946. O nome correto do signatário é Heraldo Duarte, o primeiro diretor da Cultura. O Procópio deve ter se apresentado em Bagé nessa época e fez uma visita de cortesia a nova rádio. Espetáculos teatrais eram muito comuns em Bagé, na primeira metade do século XX, ainda era possível concorrer com o cinema, já um grande divertimento de massa. Lembro da voz do Heraldo falando na rádio em intervalos do programa "Corrente da Solidariedade", "um programa de avisos para a campanha e municípios vizinhos", pedindo para os ouvintes que, quando escutassem um aviso e conhecessem a pessoa a quem se destinava, que informassem ao interessado. Muitas vezes esses avisos eram transmitidos, ouvindo-se ao fundo o som de "verdureiros", que era como se chamavam os vendedores de hortaliças e frutas, que passavam em suas carroças à frente da rádio, anunciando em voz alta: "olha a abóóóbora, verduuura, cenoooura !". Eu achava aquilo muito engraçado, lá da Hulha Negra eu ouvindo o carroceiro aqui em Bagé passando na frente da rádio, que certamente estava de janela aberta para a Rua Sete, devido ao calor do verão, eu imaginava.
Os avisos para a campanha foram um grande fenômeno social da época, lembro de todo mundo, na volta do rádio, ouvindo com grande atenção.
Claro! Uma "letra de médico"... (olha ai Gerson...) Não é 2-4-64 é Z-Y-G4... Vou entrar em contato com a Funarte e informar isso.
Para ser mais correto: "codificação de prefixos", ao invés de "nomenclatura de prefixos".
Mas a Cultura não era ZYU G 4?
Amigo Pedro, "tiraste lasca" do antigo prefixo da Difusora que era ZYU-46. O da Cultura era esse mesmo, ZYG-4. De 1946, ano da fundação da Cultura, para 1956, ano da fundação da Difusora, o número de rádios já havia crescido muito, como podemos ver, comparando as letras e números dos dois prefixos.
Vaz
Minha avó Pepa Bianchetti ia assistir no Cine Teatro Capitólio esses espetáculos que chegavam à Bagé. Há muitos anos, uma vez ela me falou que assistira o Procópio Ferreira, mas o que mais a tocara foi quando Vicente Celestino " O cantor das Multidões " viera até Bagé.
Abraço
Gerson
Boa lembrança, precisamos resgatar essa passagem do Vicente Celestino por Bagé.
O pesquisador Mário Lopes manda este comentário sobre a estada do PF em Bagé:
"A proposito da foto de Procópio Ferreira divulgada em seu blog, colhida na frente do estúdio da Rádio Cultura, ainda na Rua Dr Penna, foi por ocasião de uma homenagem ao grande ator que a emissora dirigida por Heraldo Duarte (ao lado do artista) e o Teatro em Família, representado por integrantes do grupo e os diretores Túlio Lopes e Pedro Wayne, que aparecem ao lado de Heraldo.
Na Fototécnica do Museu Dom Diogo de Souza deve existir outra foto batida na oportunidade, no interior da emissora. Procopio e sua companhia visitaram Bagé inúmeras vezes, isto é, em 1946, 49,53,56 e 70.
Do IPHTT -Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcisio Taborda,
Mario Lopes.
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