O Baú de Dom Guasque também guarda muitos livros
Leituras Guasque - I
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Na provinciana Bagé de 1854 a jovem Anna Luiza Romeiro Barcellos, que se casaria em dez anos com o meu tataravô Ignacio Térron e Hidalgo de Guasque, lia muito.
E o que naquela época chegava às mãos das moças de família rica? Literatura com muito romance açucarado, nada que pudesse fazer as mocinhas perderem a cabeça. As poucas que recebiam uma educação formal, e eram letradas, tinham acesso a alguns livros para passar o tempo.
Anna era de uma família de fazendeiros, prima do político Ramiro Barcellos, este - quando morreu a avó de ambos, veio à Bagé participar dos funerais.
"Amanda e Oscar " é típico dessa época cor de rosa e inocente. Trata das desventuras de uma donzela e seu enamorado, com a heroína morrendo ao final, depois de muito sofrer com a tuberculose, que era chamado de “o mal do século”.
Quando Anna Luiza casou conservou consigo o livro predileto, relendo-o sempre. Uma das suas filhas foi batizada com esse nome, e, quando ainda jovem, morreu da mesma doença que vitimara a personagem - Amanda, do livro.
O meu bisavô por sua vez, ao ter mais uma menina na sua extensa prole de 11 filhas e seis filhos, decide homenagear a irmã, mas a nova Amanda tem o mesmo fim trágico da tia.
Muitos anos depois uma nova geração dos descendentes do médico homeopata José Luiz Guasque começa a nascer em Bagé. Ele que era filho do também médico Ignácio Guasque e de Anna Luiza. A mãe da criança cogita no nome de Amanda, mas sua avó de sangue Guasque apela para que não se faça isso, pois tal nome trazia consigo muita dor que ela queria esquecer. A partir dai não se batizaram mais meninas com o nome de Amanda na família Guasque.
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Enviado pelo colega
Gerson Luis Barreto de Oliveira
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2 comentários:
Parafraseando o Guri de Uruguaiana eu diria o seguinte: "tche Xará nesse teu baú tem cada estória"! Cosa de loco! Barbaridade!
Xará
A data 1854 é a data de impressão do livro em Lisboa.
Muito outros títulos vão ir pouco a pouco sendo liberados do baú, afinal não posso tomar conta do blog do amigo Vaz.
Abraço
Gerson
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