10 de agosto de 2011

Os guarda-chuvas do amor - IX, Um Guarda-Chuva e Um Amor!

Foto: Marcelo Freda Soares, Camafunga

Um Guarda-Chuva e Um Amor! (*)
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Ao Blog Velha Guarda do Estadual!
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J.J. Oliveira Gonçalves
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Uma folha de Outono - na Invernia
Guarda-chuva... Ou sombrinha - estilizada?
Tão frágil - quão hermética Poesia
Aos Ventos da Intempérie abandonada!
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Em sua Dor - anônima - há Beleza
Aquela que o poeta n'Alma sente!
Nostálgicas nuanças de Tristeza
Suspiros vãos num peito descontente!
 .
Do Amor há guarda-chuvas e sombrinhas
Lembro Ilusões tão belas - e tão minhas
Em meu tempo de moço - encantador!
 .
Sombrinhas... guarda-chuvas invernais
Aos Sentimentos meus, ai, tão iguais
São corpos já sem Alma...  (Des)amor!
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(Ah - sob o guarda-chuva - ainda lembro
Do nosso Amor na "7 de Setembro"...)
(*) Do capítulo poético: "Versos para Dilane!"
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4 comentários:

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Olá, Vaz...
Pois, de tanto ver guarda-chuvas e sombrinhas tão cruelmente maltratados e abandonados - sob o vento da desgraça - fui "lá longe" buscar, nos escaninhos inapagáveis das lembranças, um guarda-chuva que, além de esmeraldino coadjuvante, foi cúmplice de um momento doce de amor e que, por isso mesmo, creio que foi até feliz... rs... Disse esmeraldino porque era um guarda-chuva italiano, de um verde-acinzentado que eu comprara em Porto Alegre.
Bem, escrevi e resolvi dedicar o texto ao nosso VG. Creio que outros(as), como eu, tenham vivido essa cena - com suas variáveis ou nuanças, é claro - naquelas "épocas douradas", de dias primaveris e fragrantes de "wine and roses", não importanto a estação do ano. Por minha conta, acrescentaria: dias acintosamente venturosos de "trigo e mel"... Pelo menos, é o que meus espichados suspiros acusam...
Bela foto do Marcelo, Vaz, simbolizando a dualidade da vida, ou, em meu caso, um Amor verde-e-rosa que - também sob "ventos de intempéries" - acabou em branco-e-preto!
Grato a ambos!
Abraço,
JJ!

Luiz Carlos Vaz disse...

JJ, até o teu comentário já é uma poesia... sim, e quantas namoradas levamos até em casa sob o generoso e pequeno guarda-chuva que possibilitava um rosto molhado e colado...

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Oi, Vaz...
Pois, sou um camarada que dorme e acorda poesia... rs... Apesar de ser cada vez mais difícil ser poeta nesta "quadra do tempo"... Tempos bicudos de quase tudo. Tempos de Lirismo quase nada... Realmente, quanto menor, era mais generoso e bem mais cúmplice o guarda-chuva... Com certeza, rostos molhados e colados... E uma sensação gostosa - e recíproca - de amorosidade e encantamento... Vaz, a imagem "fotográfica" que puxaste do arquivo das recordações é visceralmente lírica: poesia "visual" de um tempo bucólico e poético - quando, então, viveríamos para sempre: o mundo ficaria a nosso feitio e giraria, risonhamente, a nosso bel-prazer... Não é mesmo?
Abraço,
JJ!

Luiz Carlos Vaz disse...

Verdade, JJ, e os guarda-chuvas de hoje duram menos que os rápidos amores de ontem...