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Mais uma colaboração do Cid Marinho, o Homem Arquivo, desta vez sobre a Caieira Bageense, publicada no jornal Folha do Sul, e depois esquilada pelo JL Salvadoretti. Muitas vezes fui ali, na Caieira, comprar algumas pedras de "cal virgem para a mãe colocar no doce de abóbora, moço". Só muito tempo depois, já na faculdade, é que descobri o porquê dessa alquimia toda...
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9 comentários:
Tchê Vaz, inúmeras vezes passei por esse local, tanto por cima da linha do trem, como pelo passeio que tinha do lado cerca, que aliás saía na pinguela. Muitas vezes porque tinha um tio meu que morava alí perto dos "Tres Campos" na São Judas, e também quando me dirigia até o estádio do Guarany para ver o meu time ganhar do time do JJ, num BaGua nervoso.
Olha só, JJ, o Gerson não perde a oportunidade de "inticar" contigo...
Pois é, a cal já era conhecida pelas vovós egípcias que na época dos faraós já preparavam para seus netos, digamos ilustres, doce de abóbora com a adição da cal, por um motivo muito simples, é que esse produto largamente usado em construção que também assim era usado no antigo Egito, como liga, argamassa, na construção das famosa pirâmides, deixa o doce com uma aparência marmorizada, e crocrante por fora e macio por dentro.
A medida certa para o uso no doce de abóbora é uma pedra (do tamanho de um ôvo de pomba) de cal, para cada kilograma de abóbora, e fun- ciona assim, o hidróxido de cálcio que ficou impregnado na abóbora irá reagir com o gás carbônico do ar atmosférico formando o carbonato de cálcio (substância presente no mármore) e liberando vapor d'água. Inclusive o uso da cal na alimentação humana, mas no mesmo jeito que é usada no doce, auxilia em 27% a mais de absorção de cálcio pelo nosso organismo.
Pois, Vaz...
Eu já vi que o Gérson gosta mesmo de "inticar" comigo, tchê! Pois não é que num outro dia ele, sem querer querendo, deu a entender, ("com todo o respeito", é claro... rsrs...), que eu tinha "paixionite", embora platônica, pela sensual e competente locutora Leila Barros? Eta, seu! Já vi que este Gérson é um guri muito do medonho, vivente!! Mas, deixa pra lá... rs... Quem sabe, quando o VG se encontrar, na primavera, o Gérson bota uma camisa do Guarani e eu uma do Bagé e tiramos uma baita foto, rapaz!! E vamos convocar nosso Grande Cid para batê-la e nos arquivar em "arquivo vivo", é claro, na vertical, rs...
Bem, ainda hablando un poquito más de Don Gérson, esse índio véio sabe tudo sobre a tal cal que minha avó materna, minha mãe, enfim, minhas tias também usavam nessa beleza de gostosura que é esse doce, Vaz! Poxa, e eu que não gosto quase de doce... rsrs... Ô, tchê Gérson: já pensaste esse docito, aí, (que só tu sabes fazer... rsrs...), de sobremesa para adoçar ainda mais nosso encontro, em nossa "santa terrinha"?
Vaz, agora que já "intiquei" bastante com o Gérson, vou falar um pouquinho sobre a "Caieira Bageense". Essa saudosa e longínqua paisagem fez parte de minha infância, de minha meninice e do início de minha adolescência. Mesmo depois que me mudei para o centro, continuou fazendo, pois eu ia visitar meus tios e primos, no mínimo, duas vezes, por semana - às vezes, ainda, num sábado ou num domingo, ia almoçar com eles. Fui criado muito apegado à família - e meus saudosos e queridos tios Carlos e Loira (Loracy) me queriam muito e eu a eles. Depois que vim para Porto Alegre, ia a Bagé nas férias de verão e de inverno, e era na casa deles que eu sempre ficava, lá na Rua dos Sargentos - de meus folguedos infantis que me arrancam suspiros d'Alma... E cálidas lembranças... Saudades do coração...
Abração nostálgico e fraterno a todos!
JJ!
Houve também também a caieira Tozzi, que não sei onde ficava, conhecida porque fazia propaganda nas rádios locais.
Tchê JJ, te digo que o conhecimento sobre doces guardo na memória, até porque hoje com diabetes tenho que me contentar com a lembrança deles, e as lembranças são muitas porque eu era um formigão. Todavia o que passei no meu comentário, foi um estudo rápido e não tão breve que fiz logo após ler o post do Tchê Vaz, pois como ele sabe e agora tu também, na minha formação tem um curso de Engenharia Química não terminado, mas a curiosidade e o gosto pela química continuaram. Por causa disso cheguei a conclusão do comentário, e depois que o fiz, lembrei-me de um estudo químico/físico que fiz do mel natural em comparação com um que não era mel. vou procura-lo nos meus guardados, ou como nossos professores do Estadual gostavam de dizer, nos meus alfarrabios e vou mandar para o Vaz, esse guri faceiro que hoje ainda não é o prefeito mas manda como tal, em Pelotas.
Grande Vaz,
Obrigado pela publicação, e pelo comentário sobre a extinta Caieira. Que bom que o J.J. e o Gerson, também gostaram, e até contaram das suas "andanças" pela velha Caieira... Eu, costumava ir na companhia do meu Pai, que alugava uma carroça, para enchê-la com as "pedras de cal". Em casa, quando em obras, ele abria uma "vala rasa" no chão, colocava as pedras, e as cobria com água, logo as pedras começavam a se dissolver, fazendo com que a água ficasse "fervente" (eu e o meu irmão, verdadeiros "sapecas", aproveitávamos a cal borbulhante, para atirar "formigas e aranhas" vivas, dentro da vala. Nos divertíamos com aquilo! Que maldade com os insetos, né?!?), depois que a cal esfriava, era misturada com areia, para produzir uma excelente "argamassa"...Hoje em dia, se compra a cal "ensacada", em forma de pó, mas, ela não "ferve" mais ao entrar em contato com a água! Ganhou-se em praticidade, mas, a coisa perdeu a graça, né?!? Não adianta mais atirar os "insetos vivos" na cal!!! Hí,hí,hí!
ATT.Cid.
Eta, gauchada véia - das boa - tchê!!
O Gerson nos dando todas essas informações, aí, que armazenou lá nos escaninhos da lembranças - e de maneira clara e didática, diga-se de passagem! Que maravilha, Gerson!!
Ah, e o Cid confessando - de público - que era o inimigo número um dos insetos, em cumplicidade com outro "anjinho" que era seu irmão... rs... Que malvadeza, mesmo, hein, Cid? ...rs... Ainda bem que a cal não ferve mais. Claro, para a alegria geral dos pobres insetos... rs...
Abração,
JJ!
Mas que mulecada, hein? só gurizada "arteira", como se dizia naquela época... Lwmbro de um colega no G.E. Cândido Bastos que possuia uma grande cicatriz, nas costas, pois tinha caído num poço de cal... a gente ficava imaginando a queda e se arrepiava.
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