30 de novembro de 2010

A Feira de luto

Sara Ramirez Vicencio, 1917 - 2010

Faleceu agora à tarde a patronesse da 13° Feira do Livro de Bagé, Sara Ramirez Vicencio, mãe dos nossos colegas Jerônimo e Sarita. É uma triste notícia. Fazer o quê?
Informação enviada pelo Ézio Sauco às 17h56.
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Não perca! Dia 14 tem chuva de meteoros

Depois desta de dezembro, em janeiro de 2011, teremos outra "Chuva de meteoros"
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 A professora Virgínia de Melo Alves, do curso de Física da UFPel, convida os interessados em observações astronômicas para participar da observação da chuva de meteoros (*) que vai ocorrer dia 14 de dezembro, terça-feira,  das 20h até a 1h do dia 15. O local onde será feita a observação é o Piquete Cerca de Pedras, no 3º Distrito de Canguçu, a 25 km da cidade.  
Fará parte do programa a observação da chuva de meteoros, da Lua, de planetas, aglomerados e nebulosas.  Será bom levar cadeira de praia reclinável para poder ficar olhando para cima com mais conforto, agasalhos e toucas, pois a temperatura pode baixar, lanterna com pilhas extras e coberta por um papel celofane vermelho para não ofuscar os olhos, água e lanches. Quem tiver telescópio ou binóculos próprios, será bom levar também.
As inscrições deverão ser feitas diretamente no Laboratório de Astronomia até dia 9 de dezembro, ou pelo mail astroufpel@hotmail.com
Aviso importante: se chover, ou estiver nublado, não haverá atividade. Nesse  caso confirmar no dia no portal da UFPel (www.ufpel.edu.br)
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(*) Previsão de 120 meteoros por hora
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O pôr do sol na minha cidade - XI, Os campos de Bagé

Nos campos de Bagé o sol se põe pintando o céu com as cores de Danúbio em foto enviada pela colega Janice. Dia 11 estaremos lá para o nosso 2º Encontro da Velha Guarda. Traga sua máquina, precisamos muitas fotos da nossa cidade.
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29 de novembro de 2010

Duzentos e pico...




Pronto!
Os americanos chegaram aos 200 acessos! Não deu nem para fazer um suspense...
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Duzentos


Uma nova "disputa" está para terminar: qual será o primeiro país a bater a marca dos 200 acessos? Estados Unidos ou Portugal?
Vamos esperar para ver...
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Somos 190.732.694 habitantes + o Gérson

A maquininha do IBGE não contou o Gérson (e mais quantos?) 
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Recebi do Gérson Mendes Correa:
"Meu camarada Vaz, no dia 05/08/2010, tu postaste o texto intitulado "Afinal? Quantos somos?"  E num comentário que fiz, depois de fazer um cálculo complicadíssimo, cheguei ao número de 195.197.402 habitantes. Pois bem, está hoje no portal da Zero Hora o resultado de 190.732.694 habitantes neste Brasil que amamos. Mas tem um pequeno detalhe, eu não fui contado! E, como eu, deve haver muitos por ai. 
Um abração, índio véio. 
Este é o endereço da noticia na Zero Hora"
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A luz no fim do túnel

Perfurado na rocha granítica, o túnel tem cerca de 10m de altura
e, aproximadamente, mais de 200m de comprimento
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Inúmeras infiltrações tornam o local perigoso

 A verdadeira "luz no fim do túnel"...
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O título da postagem pode ter inúmeros significados poéticos e literários. Mas, neste caso, é literalmente isso: a luz no fundo do túnel. Do túnel do trem. Do trem que ligava Pelotas a Canguçu até o início dos anos 70, por aí. Construído pelo Batalhão de Engenharia do Exército, nas primeiras décadas do século XX, hoje o túnel não tem mais nem os trilhos ou os dormentes. Situado na Colônia Maciel,  no interior de Pelotas, virou apenas uma atração turística (?) para os mais arrojados caminhantes. Ao visitá-lo sempre lembramos da irresponsabilidade das autoridades públicas que permitiram a desativação de boa parte da malha ferroviária brasileira. Para a volta do transporte ferroviário pleno, sim, parece não haver luz no fim do túnel...
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28 de novembro de 2010

As vovós e os vovôs estão na web - II, Um ano!

O Estadual é para sempre...
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"Colegas da Velha Guarda do "Colégio Estadual de Bagé": Não teve como resistir! Entramos na modernidade e criamos um Blog para interagir com todos que um dia passaram pelo Estadual. Tudo começou com a comunidade do Orkut "Passei pelo Carlos Kluwe", com o tópico "Alguém da Velha Guarda?", postado pela colega Claudete. Como podem ver, a comunidade tem hoje 3.040 membros e esse tópico, que se refere ao pessoal da "antiga", é o que mais tem postagens: 308 mensagens no total, até agora há pouco, dia 28 de novembro de 2009. Vi, inclusive, que alguém da turma mais nova sugeriu que criássemos um fórum específico para tratar do nosso encontro dia 12 de dezembro pois estávamos monopolizando a Comunidade... Por isso resolvi criar este Blog. Ele não é meu. É nosso. É de todos que passaram pelo velho Estadual nos anos 50, 60, 70, por aí... Conto com toda a turma da velha guarda para postar contribuições de toda sorte como artigos, textos, fotografias, notícias e etc, que ajudem a ampliar nossos contatos com colegas que estão aí pelo mundo afora, que nunca esqueceram que um dia passaram sob o portão do antigo colégio onde estão, até hoje, dois cães em bronze: enquanto um descansa o outro vigia."
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Esta foi a primeira postagem do Blog da Velha Guarda do Estadual publicada em 28 de novembro de 2009. Um ano se passou... o Blog que era para ser um modesto instrumento de comunicação entre os colegas que se fariam presentes em Bagé, para um encontro afetivo com o colégio e com nós mesmos, acabou chegando à condição de hoje. Mais de 45.000 acessos feitos por internautas de quase 50 países. Temos mais de 100 seguidores, quase 500 postagens, criamos séries e abrimos as fronteiras culturais... O segundo ano nos espera. Um segundo Encontro também. Novos colegas descobrem o blog a cada dia e passam a enviar relatos, fotografias, documentos e outras colaborações que ajudam - de forma coletiva, a resgatar a memória do nosso Estadual. O ano de 2011 é também o ano dos 200 anos de Bagé. Vamos fazer parte ativa dessa importante comemoração. Nosso Colégio - e todo aluno que por lá passou, faz parte dessa história. Vamos continuar contando, relembrando e resgatando os fatos que marcaram de forma tão forte nossas condição de alunos do Estadual. Nós não estamos mais lá, mas Ele estará - para sempre, em nossa memória e em nossos corações. Vida longa ao Blog da Velha Guarda do Estadual, e até dia 11 de dezembro para o nosso 2º Encontro da Velha Guarda do Estadual!
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27 de novembro de 2010

Temporada de livros

A 2ª Feira Binacional do Livro, e a 27ª da Cajuja, em Jaguarão

Na foto de Francisco Rodrigues, no Minuano, a abertura da 13ª Feira do Livro de Bagé

Estamos vivendo uma boa temporada de livros. As diversas feiras do livro - que iniciam em outubro com a da cidade de Porto Alegre, continuam agora em várias cidades. Atualmente Jaguarão, Arroio Grande e Bagé estão vivendo essa temporada de livros. Aproveitem a bela safra das letras.
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26 de novembro de 2010

Poesia na Praça

A poesia na praça dos livros
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Amanhã, dia 27, na Praça Silveira Martins, palco da 13ª Feira do Livro de Bagé, será lançado o Manifesto Poético nº 41, numa iniciativa do grupo Cultura Sul. Leitura de poesias e representações teatrais fazem parte da programação. Saiba mais detalhes sobre esta e outras promoções e atividades do grupo Cultura Sul acessando www.culturasulbage.com.br
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Bagé em primeiro lugar!

Prefeito Dudu recebe prêmio da FGV em solenidade nacional
(foto de Claudia Lopes Castanheira)
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O prefeito Luís Eduardo Colombo recebeu a premiação que colocou Bagé no primeiro lugar do ranking das cidades gaúchas – categoria de 50 mil a 250 mil habitantes - cujas gestões melhor aproveitam o dinheiro público.
“Estou muito feliz com este reconhecimento. Fomos premiados por fazer mais, com eficiência e com menos recursos, por sermos transparentes, além de termos uma gestão que conta com a participação da sociedade nas decisões, inova na forma de fazer a gestão pública e que estimula o desenvolvimento econômico. Eu não poderia ficar mais satisfeito como fiquei hoje quando vi o nome de Bagé ser anunciado como vencedor da categoria”, contou o prefeito, pouco depois da solenidade.
Leia matéria completa do jornal Minuano clicando AQUI
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What place is that, American friend?

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We have a friend in Mountain View that accesses our blog all the time. Who is our American friend? We know he lives in California, in the city of Mountain View. We want in this post to embrace our "American friend". He/she is always welcome and ... tell us something about your city.
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A Filosofia e o Cinema Político - III, A caminho de Kandahar

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O Ciclo "A Filosofia e o Cinema Político" exibirá hoje, dia 26 de Novembro, o filme iraniano "A caminho de Kandahar". Após o filme, haverá debate em torno dos seguintes temas: conflitos do Afeganistão com URSS e EUA, fundamentalismo, uso da Burka (mulheres) e da barba (homens), conflitos no Oriente Médio, fatos que levaram a morte de 1 pessoa do povo do afeganistão a cada 5 minutos entre os anos de 1980 e 2001 - ano de conclusão do filme (Seleção Oficial do Festival de Cannes).
 
O Ciclo, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação do professor Dr. Luís Rubira, ocorre todas as sextas, às 20h, no Centro de Integração do Mercosul em Pelotas. A entrada é franca.
 
Título original: (Safar É Gandehar), direção: Mohsen Makhmalbaf, com Niloufar Pazira, Hassan Tantai, Sadou Teymouri. Duração: 85 min. Sinopse: Nafas (Niloufar Pazira) é uma jovem afegã que fugiu de seu país em meio à guerra civil dos Talibãs e hoje trabalha como jornalista no Canadá. Até que sua irmã mais nova, que ficou no Afeganistão, lhe envia uma carta avisando que irá se suicidar antes da chegada do próximo eclipse solar. Nafas resolve então retornar ao Afeganistão a fim de tentar salvar sua irmã. O percurso desvela a realidade de um país dominado pelos fundamentalismos.
Conheça a programação completa do Ciclo clicando AQUI.
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25 de novembro de 2010

Was tun, wenn's brennt?



O Curso de Língua e Cultura Alemã ministrado pela professora Renata Dietrich, como faz em todo final de semestre letivo, apresentará aos seus alunos um filme alemão contemporâneo. Desta vez será Was tun, wenn's brennnt? - que encerrará as atividades letivas do curso em 2010. Falar alemão é mais fácil do que se imagina. O curso ministrado pela professora Renata tem ingressos em março e agosto e é ministrado em São Lourenço do Sul e Pelotas. .
Einladung - Convite
Datum: 01.12 – quarta - Mittwoch - 18:30 Uhr
Wo: Faculdade Direito da UFPel – Sala 1
Deutscher Titel:  Was tun, wenn's brennt? (O que fazer em caso de incêndio?)
Produktionsland: Deutschland
Erscheinungsjahr: 2001 – in Brasilien 2003
Lange: 101 Minuten
Altersfreigabe: 12 Jahre
Genre: Dramakomödie
Regie: Gregor Schnitzler
Sinopse: Na década de 80 seis amigos ocuparam um prédio na Alemanha desafiando as autoridades locais. 15 anos depois eles mudaram bastante, com alguns nem lembrando seu passado de anarquia. Elenco: Til Schweiger (Tim) ; Martin Feifel (Hotte)
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UBES, dois momentos no passado

  
Posse de Milton Teixeira na presidência da UBES em 1950

 
 Festa de entrega de diplomas aos Sócios Honorários da UBES
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O Gerson Oliveira nos manda mais dois "instantâneos" diretos do álbum do Dr. Milton Teixeira. Pelo que podemos ver a entidade desenvolvia várias atividades e estava bem inserida no contexto sócio-educativo de Bagé na década de 50.
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24 de novembro de 2010

Dallas, Texas, urgente ! - II, Aconteceu de novo!

Oswald é atingido mortalmente frente às cameras em Dallas, Texas
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"Aquele domingo, 24 de novembro de 1963, continuava em clima de consternação geral no mundo, estavam ocorrendo as visitas públicas ao corpo do presidente Kennedy, no Capitólio, o prédio do congresso americano.  Ele tinha sido assassinado por Lee Harvey Oswald na 6a feira anterior, 22 de novembro.  O sepultamento seria no dia seguinte.
Esse dia transcorria aqui em ambiente pesaroso, quando, a exemplo daquela 6ª feira, novamente fomos sacudidos por notícias urgentes vindas de Dallas, Texas, informando que o suspeito da morte do presidente tinha sido baleado mortalmente por Jack Ruby, enquanto era transferido de presídio.  O inusitado do fato é que tudo ocorreu perante as câmeras cinematográficas e fotográficas dos repórteres, deixando todo mundo ainda mais perplexo.  Ainda não tínhamos televisão em Bagé, as primeiras imagens olhamos nos jornais do dia seguinte, com as cenas que também ficaram históricas.  Mas, logo vimos no cinema, nas reportagens que passavam antes do início da sessão principal com os acontecimentos mais recentes.  Os filmes foram dramaticamente fiéis, onde se viam as cenas, o som do tiro e a contorção e grito de dor do Oswald, atingido no abdomem.  Essas imagens correram o mundo, naturalmente.
A lei penal americana é rígida, Jack Ruby acabou julgado e condenado, mas morreu na prisão no início de 1967, acometido por câncer, enquanto aguardava recurso da sentença.
Novamente, tal fato nos deixou espantados pela correlação entre eles, e enchendo todos de muitos porquês e muitas dúvidas.  Como sempre acontece nesses casos, "teorias da conspiração" se propagaram, tentando explicar esses acontecimentos em cadeia.
Foram episódios marcantes nos anos 60 na vida americana.  E ainda no ano seguinte ao da morte de Ruby, 1968, novamente dois assassinatos políticos aconteceram, com diferença de dois meses.  Em abril, foi do lider pacifista e ativista político Martin Luther King, e em junho do Senador Robert Kennedy, irmão do presidente John Kennedy, e que já fazia campanha como pré-candidato a presidente.
Mas a década de sessenta passou, outros homens desceram na lua, a ciência e a arte continuaram marcando as suas épocas e mais líderes tomaram o lugar dos que se foram passando para a história.   
A vida, claro, continuou. Mas toda vez que tocava a característica do correspondente Renner em edição extraordinária, todos silenciavam e prendiam a respiração na possibilidade de ouvir novamente outra notícia trágica vindo de Dallas, Texas, urgente!"
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Enviado pelo colega
Hamilton Caio
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23 de novembro de 2010

Não queiras gostar de mim...

A grande cantora de fados, Amália Rodrigues
 
Meu amigo d'além mar, Henrique Ferreira, me manda esta
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"Bom dia. 
Sabias que a grande Amália tem um fado «brasileiro»? Pois é verdade; quem diria? É mais uma marchinha com intenções fadistas, mas é assim mesmo. Mete o Rio de Janeiro e tudo; e como ela cantou que o fado é bom pra xuxu. E, já agora o marido, César, Seabra até era Brasileiro.
Estas e outras coisas constam do Eu até já cantei o fado, que ontem (*) à noitinha – pois que melhor hora podia ser?... – postei na minha famigerada Travessa. Textículo, de resto, que serve a Gregos e Troianos, isto é, aos luso falantes. Pelo Mundo fora, onde chegaram e, muitas vezes ficaram.
Por isso o meu convite a ti e a todos os que o queiram ler, gostem do fado, ou não. Pretendi dar uma saltada algo informativa pela chamada «canção nacional»; objectivo ambicioso, mas, claro, sem o sucesso da equipa de toso nós que toureou a Espanha, na quarta-feira, no estádio da Luz. Há noites e noites… Ou, melhor, há dias em que um homem não deve sair de casa à noite.
Obrigado
Henrique Antunes Ferreira"
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(*) Nota do Blog: 18 de novembro
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Quem quiser ler sobre Fado e muitas outras coisas
acesse o Blog da Travessa
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Histórias de família - V, O imperador do Bianchetti

Nero, o "imperador do Bianchetti", dois colegas seus, e Sírio Bianchetti
que, além de proprietário, muitas vezes teve que atuar como "bombeiro" 
devido aos "incêndios" provocador pelo nosso garçon inesquecível
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O seu Nero era o mais antigo garçon do Restaurante do meu pai, o Esquina Bianchetti. As bravatas eram inúmeras, e ele, para pegar um cliente importante, era um astuto só.
A rotina de um restaurante até hoje me faz sentir em casa, o cheiro de comida, o barulho da louça sendo tirada, dos copos, das garrafas, tudo isso me lembra a infância, e se tem máquina de café, então é pura saudade...
Cada cidade tem o seu restaurante popular, com uma comida honesta e saborosa. Em Pelotas, o Cruz de Malta; em Santa Maria, o Augusto; em Porto Alegre, o Gambrinus, e por aí vai. Em Bagé, especialmente para mim, o Bianchetti da minha infância.
As peripécias do Nero foram muitas... Quando Nelson Marchezan fez uma estrondosa votação para deputado, lá pela década de 70, a alegria do nosso garçon foi tanta ao ver o seu deputado adentrar ao salão do Bianchetti, que ele pulou para cima do homem. Marchezan era um homem alto, e Nero era pequeno e com uma saliente barriga. Pois não é que o deputado o pega no colo, em pleno salão, e justo na hora do recreio do turno da noite do Estadual ! A casa veio abaixo...
Juca Chaves, com sua voz satírica de protesto, humor corrosivo nas suas modinhas, esculachava com a repressão aos costumes, principalmente na época da ditadura militar, e por tabela criticava com mordacidade o governo. Pois não é que ele entrou no salão do Bianchetti no momento do clímax noturno, o recreio do Estadual, e quem o serviu ? Sim, ele, o Nero. Juca exigia beijinhos de todas as meninas que iam pedir autógrafo, quando um rapaz foi pedir também, a galera veio abaixo gritando “beija...beija..."

Autógrafo de Dina Sfat e Paulo José
no verso de uma nota da Esquina Bianchetti
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Dina Sfat, grande atriz, e Paulo José, seu marido, apareceram lá algumas vezes e pediram mesa reservada, e os pais dele sempre davam uma passada à caminho da estância em Lavras. Mas para a Dina, fui eu que pedi o autógrafo.

O pai recebendo o primo, Glênio Bianchetti, que junto com o Grupo 
da Gravura de Bagé, fizerem um exposição na antiga Funba.
Tarcisio Taborda e esposa estão em primeiro plano. Ao fundo aparecem
fotografias que foram tiradas pelo Adail Madeira, o "Pêlego",
que também é o autor desta.
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Outro “grande momento” do Nero foi quando um general figurão, que vinha visitar o presidente Médici já retirado da vida pública em sua propriedade, após deixar o governo. Minha mãe foi para a cozinha comandar as cozinheiras. Lembro que o prato pedido foi massa. As toalhas haviam sido trocadas, o pão havia sido previamente aquecido para, junto com as cremeirinhas com margarina, irem à mesa. Claro que o Nero já tinha dado um chega para lá nos colegas e, atarantado, corria dum lado para o outro para servir o casal - o general e a esposa. Esta, não vendo os copos para a bebida, pede ao nosso herói que, para espanto dos meus pais que a tudo assistiam, tira os copos do bolso e os coloca à mesa. Minha mãe desapareceu! Restou ao meu pai passar a mão nos tais copos, e trocar por outros...
Esse era o seu Nero.
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Enviado pelo colega
Gerson Luis Barreto de Oliveira
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22 de novembro de 2010

O pôr do sol na minha cidade - X, Bairro Tristeza


Esta foto enviada pelo Otto Schroeder mostra mais um pôr do sol no Gauíba, este agora visto do Bairro Tristeza, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.
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Dallas, Texas, urgente !

Numa época já com muitas filmadoras e máquinas fotográficas amadoras
os tiros que mataram o presidente foram registrados em centenas de fotos

"Naquela tarde de 22 de novembro de 1963, eu estava em casa estudando para as provas finais do 2º ano científico do Colégio Estadual.  O quartel já havia me convocado para o serviço militar obrigatório, mas eu tinha conseguido dispensa de uns dias para estudar.  Como já era comum naquela época, o rádio ligado ao lado dava ritmo aos estudos.  Com a "era do rock" no auge, eu procurara no "dial" do aparelho um fundo musical mais suave para acompanhar minha revisão para as provas, e então escutava a antiga rádio Guaíba, onde tocava música mais apropriada para essa tarefa.  Era uma miscelânea de Ray Conniff, Lawrence Welk, Sarita Montiel, The Platters..., temperada com o chamado rock balada de Paul Anka, Pat Boone..., muitas trilhas de cinema e algumas músicas brasileiras. 
De repente, a música foi interrompida e entrou o "Correspondente Renner" em edição extraordinária, um noticiário bem conhecido da Guaíba, bradando:  "Dallas, Texas, urgente !", falando sobre um atentado contra o presidente americano John Kennedy, durante um desfile em carro aberto naquela cidade.  E seguiram várias outras chamadas urgentes, cada vez noticiando um quadro mais grave, até a notícia da morte do presidente, pouco tempo depois.  Naturalmente, esse dia de estudos terminou ali mesmo. Toda a minha família começou a acompanhar esse noticiário.  Foram momentos dramáticos, nunca mais esqueci.  Sempre ligado em datas e fatos, tenho relembrado anualmente também essa efeméride.
John Kennedy sucedera outro grande presidente, forjado na 2a guerra mundial, o General Dwight Eisenhower, vindo de dois mandatos seguidos, que continuara enfrentando os duelos da guerra fria que começara logo após o fim da grande guerra, e que conseguira o final da guerra da Coreia em 1953, primeiro ano do seu governo.  Esse nome é o primeiro que lembro de ver nas manchetes dos jornais que meu pai assinava, e que eu lia literalmente em português, "eisenhover".  Eisenhower foi o General comandante supremo dos aliados, com a 2ª guerra já tomando um rumo final.  Kennedy também tinha participado dessa guerra, mas como um jovem Tenente da marinha, era uma nova geração que chegava, cheia de esperanças.
Nós, os jovens daquela época, queríamos um mundo novo, e o Kennedy parecia que representava, como líder da grande nação americana e do chamado mundo livre, um farol que indicava uma nova era de progresso.  O assassinato dele nesse dia, significava para nós o fim dessa ânsia por mudanças.
Também lembro que Juscelino Kubitschek e John Kennedy tiveram doze dias de mandatos coincidentes.  Kennedy assumiu o cargo, conforme a tradição americana, em 20 de janeiro, e Juscelino transmitiu o cargo para Jânio Quadros em 31 de janeiro de 1961, de acordo com a legislação daquela época. Portanto, quando os anos JK encerraram aqui, Kennedy estava há doze dias no poder.
A partir daquela tragédia, o mundo realmente começou a mudar, mas não da maneira como esperávamos com o novo presidente americano.  A Guerra Fria já tinha passado por um grande embate no primeiro ano Kennedy, quando em 1961 começou a construção do muro de Berlim, isolando o lado ocidental da cidade, do lado oriental controlado pelos soviéticos, para impedir a fuga de alemães orientais para Berlim Ocidental.  No ano seguinte estivemos à beira de um conflito nuclear, com a crise dos mísseis em Cuba.  Durante os treze dias que duraram o impasse, de 16 a 28 de outubro, esse era o assunto dominante em nossas aulas no Estadual, com a possibilidade de uma guerra atômica total estourar a qualquer momento.  Ao findar o ano seguinte, a esperança Kennedy sai de cena.   O vice Lyndon Johnson, que assumiu no seu lugar, alargou o horizonte da guerra do Vietnã, que já vinha de alguns anos com alguns confrontos, com o envio de grandes efetivos militares para a área conflagrada, a partir de 1965.  Essa guerra marcou os anos 60 e 70.  Naquela época, parecia para nós estudantes que a morte de Kennedy foi fator determinante para a grande extensão e duração desse conflito.  Com ele no governo, achávamos que a guerra não teria seguido esses rumos.
O final desses tumultuados anos 60 foi pelo menos amenizado, na nossa visão de estudante, com a corrida espacial entre os dois grandes, Estados Unidos e União Soviética, tendo como coroamento a descida do homem na Lua, em julho de 1969, e também porque essa meta da chegada de astronautas ao nosso satélite natural tinha sido planejada e prevista pelo governo Kennedy para o final daquela década.  E, claro, teve também, exatamente no mês seguinte ao da descida do homem na Lua, Woodstock...
Bem, os homens que mandam, mudam; as ideias mudam. Cabo Canaveral, na Flórida, onde estava situado o Centro Espacial, de onde partiam os grandes lançamentos de satélites e naves espaciais, mudou desse nome para Cabo Kennedy, assim como o local passou a se chamar Centro Espacial Kennedy, em homenagem ao ex-presidente.  Dez anos depois, voltou a ser novamente denominado de Cabo Canaveral, e a homenagem foi virtualmente para o espaço, embora o Centro Espacial continue com o nome Kennedy.
Assim como nos dias de hoje, os grandes acontecimentos de repercussão nacional e mundial daqueles anos, que não foram poucos, ajudaram a moldar a nossa têmpera e nosso caráter, para tomarmos o lugar de nossos pais nas décadas posteriores e seguirmos o ciclo da vida.  Hoje estamos investidos dessa responsabilidade de ajudar a mostrar o caminho para nossos filhos, e até para os netos, sempre procurando aperfeiçoar esse mundo, e sobretudo na procura da abolição da violência e na eterna busca da paz mundial."
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Enviado pelo colega
Hamilton Caio
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O Blog pergunta: 
Onde você estava quando soube do atentado ao presidente Kennedy?
Responda em "Comentários".
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A Revolta da Chibata faz 100 anos

O marinheiro gaúcho João Cândido é preso

Hoje faz exatos 100 anos da Revolta da Chibata que foi como ficou conhecido o movimento insurgente dos marinheiros brasileiros que exigia o fim do humilhante e doloroso castigo corporal das chibatadas. Esse tipo de castigo ainda fazia parte do código disciplinar da Marinha Brasileira na primeira década do século XX.

Nascido em Rio Pardo, em 24 de junho de 1880 (*), filho de ex-escravos, João Cândido entrou para a Marinha em 1894, aos 14 anos, época em que as Forças Armadas aceitavam menores em seus quadros. Recomendado por um almirante, que se tornara seu protetor, João Cândido logo despontou como líder e interlocutor junto aos oficiais.

Em 1910, em viagem de instrução à Inglaterra, os marinheiros brasileiros definem as bases para o levante conspiratório que poria fim ao uso da chibata. Durante a viagem inaugural do Minas Gerais, João Cândido toma ciência do movimento pela melhoria das condições de trabalho realizado pelos marinheiros britânicos entre 1903 e 1906. E, ainda, da insurreição dos colegas russos embarcados no encouraçado Potemkin, em 1905.

Em 22 de novembro de 1910, inconformados com as dezenas de chibatadas recebidas no dia anterior por um companheiro da corporação, é deflagrada a revolta. Durante quatro dias, os marinheiros liderados por João Cândido tomam conta dos navios São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Deodoro e ameaçam bombardear o Rio de Janeiro. Os marinheiros estavam dispostos a dar um fim à violência e humilhação que marcava as suas costas com o couro das chibatas. Como sentenciou João Cândido, chamado depois de Almirante Negro, "Naquela noite o clarim não pediria silêncio e sim combate”.

Embora o fim da revolta tenha se resolvido através de negociação, pouco tempo depois o gaúcho João Cândido é acusado de liderar um outro levante  - do qual era inclusive contrário, e a Marinha o prendeu junto com outros marinheiros. O ministro da Marinha determinou a expulsão dos líderes desse movimento. Os marinheiros tentaram reagir, mas o governo lançou violenta repressão que culminou com dezenas de mortes, centenas de deportações e a prisão de João Cândido.

"O Almirante Negro" foi colocado numa masmorra da Ilha das Cobras de onde foi o único a sair vivo, do total de 18 marinheiros presos ali naquela oportunidade. Solto anos depois, João Cândido passou a viver como vendedor de peixes na Praça Quinze,  no Rio de Janeiro e morreu em 6 de dezembro de 1969, em São João do Meriti, aos 89 anos, sem patente e na miséria.

(*) Segundo a Wikipédia, João Cândido Felisberto nasceu em 24 de Junho de 1880, na então Província do Rio Grande do Sul, no município de Encruzilhada (hoje Encruzilhada do Sul), na fazenda Coxilha Bonita que ficava no vilarejo Dom Feliciano - o quinto distrito do Município Encruzilhada, que havia sido distrito de Rio Pardo até 1849. Filho dos ex-escravos João Felisberto Cândido e Inácia Felisberto, apresentou-se em 1894 na Companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes no Arsenal de Guerra de Porto Alegre[1] com uma recomendação de atenção especial, escrita por um velho amigo e protetor de Rio Pardo, o então capitão-de-fragata Alexandrino de Alencar, que assim o encaminhava àquela escola. Em 1895 conseguiu transferência para a Escola de Aprendizes de Porto Alegre, e em dezembro do mesmo ano, para a Marinha do Brasil, na capital, a cidade do Rio de Janeiro.
Desse modo, numa época em que a maioria dos aprendizes era recrutada pela polícia, João Cândido alistou-se com o número 40 na Marinha do Brasil em Janeiro de 1895, aos 14 anos de idade, ingressando como grumete a 10 de dezembro de 1895.
Em depoimento para a Anamnese do Hospital dos Alienados em abril de 1911 e para a Gazeta de Notícias de 31/12/1912, João Cândido afirma ter sido soldado do General Pinheiro Machado, na Revolução Federalista, em 1893, portanto antes de entrar para a escola de aprendizes.
Teve uma carreira extensa de viagens pelo Brasil e por vários países do mundo nos 15 anos que esteve na Marinha de Guerra. Muitas delas foram viagens de instrução, no começo recebendo instrução, e depois dando instrução de procedimentos de um navio de guerra para marinheiros mais novos e oficiais recém-chegados à Marinha.
A partir de 1908, para acompanhar o final da construção de navios de guerra encomendados pelo governo brasileiro, muitos marinheiros foram enviados à Grã-Bretanha. Em 1909 João Cândido também para lá foi enviado, onde tomou conhecimento do movimento realizado pelos marinheiros russos em 1905, reivindicando melhores condições de trabalho (a revolta do Encouraçado Potemkin).
Tornou-se muito admirado pelos companheiros marinheiros, que o indicaram por duas vezes para representar o "Deus Netuno" na travessia sobre a linha do equador, e muito elogiado pelos oficiais, por seu bom comportamento, e pelas suas habilidades principalmente como timoneiro. Era o marinheiro mais experiente e de maior trânsito entre marinheiros e oficiais, a pessoa indicada para liderar a revolta.
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21 de novembro de 2010

Bebeto Alves em 3D

Bebeto Alves está percorrendo o Estado com o SESC Tour 2010
Confira no cartaz quando será na sua cidade
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A Secretaria de Cultura de Arroio Grande convida a todos para o grande show
BEBETO ALVES E OS BLACKBAGUAL EM 3D
hoje à noite, às 20h30, no Centro de Cultura Basílio Conceição
O ingresso é apenas 1 kg de alimento em benefício do Lar dos Velhinhos
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