O prédio da Viação Férrea, conhecido por todos nós como A Estação, é o tema abordado pelo Cid Marinho em mais esta colaboração ao jornal Folha do Sul. Claro, o J L Salvadoretti pegou a imagem do recorte, que estava meio prejudicada com a fuligem da Maria Fumaça, lá num vagão de Segunda, e colocou-a sentadinha numa poltrona da Primeira Classe, pertinho do Buffet. Foi só fazer um tic-tac no bilhete, com o furador do Agente, e... pá, a fotografia ficou limpinha, limpinha...
.
9 comentários:
Tchê Vaz, ampliei a foto e me detive por um tempo a admira-la, e passou por minha mente como um filme, as lindas recordações que tenho dessa "estação". Acredito inclusive que tenha acontecido o mesmo com o amigo Sergio Fontana. Por muito tempo essa estação foi um símbolo de progresso da nossa Bagé. Um baita abraço a todos.
Há, Gerson, em torno do tema "Estação Férrea", um enorme mundo, que envolve lilhares de pessoas em Bagé. É incrível como isso passou batido pelas novas gerações.
Eu conheci bem, a nossa antiga Estação Ferroviária de Bagé. Na segunda metade da década de 50, por causa de uma forte "alergia de pele" que eu tinha, o "abalizado" Dr. Quintanilha aconselhou aos meus pais que me levassem até a "Praia do Cassino", nos meses de Março e Abril, para eu tomar banho de Mar, como forma de tratamento, e por causa da presença do "iodo" nas águas marinhas. Foram muitas as viagens feitas de "Maria Fumaça", até eu obter a cura da minha alergia. A minha última viagem numa "Maria Fumaça" foi em 1963, de Bagé até a cidade de Dom Pedrito. Lembro-me com saudade, do barulho e da fumaça característicos, da antiga Locomotiva. Das extintas estações intermediárias, onde o trem parava para o embarque e desembarque de outros passageiros, também para o reabastecimento de carvão e água, do "Bólido Negro". E, ainda lembro da gurizada dos arredores, que aproveitavam a parada do trem, para vender alguns pastéis, bolos, ou doces caseiros, através das janelas dos vagões de passageiros... Depois de passarmos alguns dias em Dom Pedrito, retornamos à Bagé numa "Locomotiva à Diesel". A viagem foi bem mais rápida, pois o "Bólido Vermeho" superava em muito, a velocidade e o conforto da velha "Maria Fumaça"... Mas, de lá para cá, as viagens em sí, para mim, não tiveram mais a mesma graça e beleza, que aquelas feitas através das antigas "Locomotivas a Carvão", as quais sempre proporcionaram aos "jovens viajantes de outrora", momentos de pura aventura e emoção... Oi-ga-le-tê, barbaridade seu!!! E tal e coisa, e coisa e tal!!!
Cid, minha última viagem na região foi o trecho Pelotas x Bagé. Ainda lembro os diversos túneis, a paisagem bucólica do Pampa e as pequenas estações perdidas pelo interiorzão... Depois, em 1989, fiz Curitiba x Paranaguá, que o Gerson deve conhecer bem. Agora, neste mês de junho na Europa, pude ver inúmeros trens, carregando milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, e matar a saudade tomando seguidamente o "Trem Oto" (oito) no centro de Roma, para ir ao Trastevere, pagando (numa máquina automática, sem cobrador) 0,50 centavos de Euro. É elétrico, mas é um trem, anda nos trilhos e faz "tlaque talaque..."
Tchê Vaz, esse trecho de Curitiba até Paranaguá conheço bem demais porém , somente até Morretes. Logo que fui demitido da ALL, viajei no trem turístico seis meses, quase todos os dias, fazendo fotos lembranças dos passageiros, com uma câmera polaroid. E te digo o seguinte, este trecho é insdiscritívelmente lindo. Um Baita abraço.
É, Gerson, eu imaginei que ela seria uma velha conhecida tua.
Também frequentei muitas vezes a velha estação da viação férrea. Acontece que a família do meu pai morava em Alegrete e íamos lá, pelo menos, uma vez por ano.
A viagem era diferente porque havia baldeação em Cacequi: trocávamos o trem que ia de Bagé a Livramento por outro, que ia de Santa Maria a Uruguaiana e passava por Alegrete.
A volta era meio complicada e exigia atenção, pois os trens que faziam a viagem Bagé/Livramento e vice-versa estacionavam na mesma linha, em direções opostas, ficando o último vagão de cada composição praticamente encostado um no outro. Isso causava confusão e havia quem entrava no trem errado. Peço confirmação daqueles que já fizeram essa viagem.
Quem pode fazer isso, Olmiro, embora tendo trabalhado em outro tempo, é o Gerson, que foi controlador de trens. Vamos esperar que ele se manifeste.
Tchê Vaz e tchê Olmiro, inmfelizmente vou ficar devendo esta resposta, pois quando entrei no controle de trens, já não corriam mais, esse trem de passageiros e nem os cargueiros no trecho de Livramento. Um baita abraço a todos.
Postar um comentário