Aqui está mais um cojunto de Dez Linhas sobre Bagé. Linhas escritas pelos leitores e amigos do Blog da Velha Guarda do Colégio Estadual, o Carlos Kluwe. Vamos adicioná-las a todo momento conforme forem chegando. Mande também as suas Dez Linhas, diga o que pensa sobre Bagé na semana do seu aniversário de 200 Anos! Clique AQUI e leia uma porção de outras Dez linhas já publicadas.
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Nota: se preferir, mande como comentário a esta postagem que publicamos aqui...
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Bagé
estou longe
e com essa ausência
sinto um vazio no peito
e uma força acelerada
que nada consegue descrever
e não acompanha o coração
disparado de uma saudade
sem fim
é um aumento do amor
pela fronteira de uma magestade
chamada "Rainha"
Bagé
me derreto
poetizando a nossa cidade
é algo que vem do fundo
de um espírito gaúcho
dolorido de recordações
e cansado pela distância
de quem vive
desgarrado do pago
Bagé
quanta cultura
fábrica de pessoas
famosas e importantes
que provocam orgulho
na gente
desta gente
Bagé
de ruas quase perfeitas
minha vontade é abraçá-la
e lembrar do teu calor
de um verão forte
ou do frio rigoroso
gostoso inverno
que congela as mãos
mas não a vontade
de sonhar
com a avenida Sete
descendo e subindo
ou subindo e descendo
pelas tuas calçadas
apreciando o despertar
de mais um dia
com seu sol
que aquece a cada manhã
"a alma do bageense"
Manoel Ianzer
Ouvi uma vez alguém dizer a frase "Quanto mais local, mais universal". Esse é o sentimento que tenho de Bagé. O tempo que vivi na cidade que me viu nascer me marcou para sempre. Bagé tem personalidade. Com sua gente simples e direta, forja o caráter de seus filhos. Desde que deixei Bagé, andei pelo Brasil e pelo mundo, mas cada vez que lá volto tenho a sensação que estou voltando para casa. Tenho a sensação que nunca saí de lá. Lembro seus tipos inesquecíveis, como o vendedor de bilhetes que trabalhava bêbado, e dizia: compra desgraçado. Do gay Nazinho, na época chamado de fresco..., e tantas outras figuras. Lembro do futebol, do carnaval com o King-Kong e o "Gato na Tuba". Bagé está fazendo duzentos anos. A cidade merece todas as homenagens. Brinco com alguns amigos dizendo que muitos dizem que são de Bagé para se exibir... É uma brincadeira, mas eu não canso de me exibir: sou de Bagé, modestia à parte....
Valacir Marques Gonçalves
e-mal vala1@uol.com.br
blog www.valacir.com
.......... Desde gurizito aprendi a ter orgulho do meu torrão natal, começou com a obrigatoriedade da colocação da data no alto da folha do caderno: “Bagé, dia, mês e ano.” Mas professora, porque isso tudo? Bem, meu aluno, isso é fácil de explicar: Bagé é a cidade onde tu nasceste, e na qual tu estás estudando, e é de onde sairás projetado para o futuro, e por esse motivo tens que ter orgulho de ser Bageense. Mais tarde, já taludinho, e como adolescente, ouvia dos professores e direção do Colegio Estadual Carlos Antonio Kluwe, que nós éramos filhos de uma cidade que muito contribuíra para a formação da fronteira sul do país, e como tal deveríamos ser garbosos e orgulhosos de nossa terra natal.
Por tudo isso o orgulho de ser bageense, e eu levo a sério, pois fui ensinado desde criança, e isso faz tempo, e posso dizer que desses duzentos anos, cinqüenta deles têm a minha marca.
Gerson Mendes Correa
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Ah, meus sete anos, sobrevoando Bagé em um teco-teco! Eu e meu irmão fingimos que os carros eram carrinhos de autorama. (Quanto tempo isso faz!) Quantas aventuras desbravando a torre da igreja Auxiliadora... a história de Paloma. Nesse fato, fui só assistente de meus irmãos que subiram na torre para pegar a pomba. Hoje sou professor, moro em Pelotas e tenho muitas saudades da minha infância em Bagé.
Marcos Valença
Marcos Valença
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“UMA VELHA RAINHA”
“UMA VELHA RAINHA”
Dois séculos se passaram
e a vila desenvolveu,
demonstrando a todo o mundo
que no pampa aqui do fundo
um certo povo cresceu,
tal qual mostrando a figura,
a coragem e a bravura,
que o Patrão Velho lhe deu.
Pelearam valentemente
para demarcar o povoado
que ficou fortificado
com o nome de “Santa Tecla”
e é certo que ninguém peca
quando o tem elogiado,
povo nobre e despojado
das malícias de sapeca.
Certificou Dom Diogo,
lá naquele mês de junho,
que os gaúchos tinham punho
para a vila construírem,
e que os outros admirem
tamanha tenacidade.
força bruta, hombridade,
sem jamais se diminuírem.
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Pedro Farias da Cunha
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“Cuando llegue el fin del mundo yo me voy para Bagé…” había oído la primera vez que alguien nombró ese mítico lugar cercano a los campos de Rivera y Cerro Largo. El mundo empezaba a vivir bajo la amenaza de las bombas atómicas y aquella idea –uno se podía salvar si se iba para Bagé– me pareció muy útil. Siempre la tuve presente.
Después conocí a un hombre anciano que mi bisabuelo había tratado en Bagé allá por 1890 y se lo trajo para sus campos de Paysandú. El hombre había nacido en 1870 y murió en 1960. Una gran persona, una gran familia, un recuerdo inolvidable.
Una prima mía fue Cónsul de Uruguay en Bagé hace unos quince años, más o menos y me contaba que en esa ciudad se sentía feliz como si hubiera nacido allí.
Y ahora me uno a la alegría de toda esa gente de Bagé, que festeja los 200 años de su fundación. ¡Muchas felicidades!
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José María del Rey Morató – Uruguay
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"Morei em Bagé sete anos (1993\1999) atendendo as comunidades da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, porém, muito mais do que conviver com os "irmãos\as da fé anglicana" conheci, convivi e guardo na memória inesquecíveis momentos de participação nos mais diversos segmentos bageenses: clubes, conselhos municipais, igrejas cristãs, festas, inaugurações, eventos políticos, civis, militares e religiosos, etc. Mas o que mais me marcou foram as andanças, entreveros e gauchadas, através do CTG Estância de San Miguel, onde realizávamos as gloriosas mateadas e saboreávamos um delicioso churrasco em torno do fogo-de-chão ao som de belas poesias e memoráveis canções gauchescas. Ao Povo bageense meu carinho e saudoso abraço com o desejo de que estas "plagas gaudérias" continuem sendo mais um luzeiro da Justiça e da Paz no pampa gaúcho!!!"
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Reverendo Ramacés Hartwig, ost
Clérigo anglicano e bageense de coração!!!
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