15 de julho de 2011

Bagé em Dez Linhas - VII, As de hoje

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Aqui está mais um cojunto de Dez Linhas sobre Bagé. Linhas escritas pelos leitores e amigos do Blog da Velha Guarda do Colégio Estadual, o Carlos Kluwe. Vamos adicioná-las a todo momento conforme forem chegando. Mande também as suas Dez Linhas, diga o que pensa sobre Bagé na semana do seu aniversário de 200 Anos! Clique AQUI e leia uma porção de outras Dez linhas já publicadas.
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Nota: se preferir, mande como comentário a esta postagem que publicamos aqui...
A formosa região do Poncho Verde comemora, com seus filhos e filhas, este dia de raríssima felicidade, nas querências de imenso céu azul, encantos dessas terras farroupilhas. Bagé orgulha o Rio Grande do Sul, completando dois séculos de idade.
 Parabéns Bagé

São Paulo, 17 de Julho de 2011
Fernando Alberto S. Couto

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“Já faz tempo, quase trinta anos, que vindo para São Paulo buscando novos desafios eu saí de Bagé, mas confesso a vocês que apesar do tempo passado, das horas vividas longe dos pagos, Bagé nunca saiu de mim... diferentemente do que eu imaginava, a Bagé do tempo da nossa era ainda permance viva como na memoria deste blog e de seus fiéis seguidores, que nada mais são do que seguidores de uma resenha imensa que parece nunca ter fim. Aquilo que um dia descobrimos quando abrimos os olhos e através das coxilhas, pradeiras, riachos e arroios, nos descobrimos como ser vivente e pensante... Graças aos ares de Bagé e das pessoas que fizeram parte e fazem parte do meu dia-a-dia, tornei-me melhor porque nasci, cresci e tenho Bagé como um cenário insquecível...

É impossível viver num lugar como eu vivo, aqui em São Paulo, e não criar raízes, mas são incomparáveis às raízes que temos nas terras de Bagé...”



“Que Bagé desfrute dos seus 200 anos como uma força inexpugnável e duma beleza irretocável da velha senhora e sempre atual, Rainha da Fronteira”.



Ademir Quintana Cabral
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bagé bonita (homenagem aos 200 anos)

ando por onde cresci
da memória cheiro de mato
vento em contato
olhos a lacrimejar
frio de saudade faz chorar

passos
pontes
pinguelas
pular de pedra em pedra
arroio de galho a galho
inverno em águas desfeito
jeito de antigo lugar

registro de um tempo
distante
tão perto ainda
no peito onde o coração palpita
mora minha bagé
cada dia mais bonita

vera luiza
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Saudade só sente quem realmente ama. No meu caso, fui incansável nos esforços de regressar a estes pagos. Agora posso expressar minha alegria em fazer parte deste solo, nestes anos em que Bagé completa 200 anos de labuta e esforço em preservar o título tão merecido de Rainha da Fronteira. Todos os bajeenses, fazemos parte do seu reinado. Alguns estão na Côrte Real; outros são meros cocheiros, mas é possível perceber em cada olhar o brilho radiante de serem súditos desta rainha e estar nas páginas de sua história. Infelizmente Bagé perdeu muitos talentos que não puderam se desenvolver aqui devido às  fases de arrocho que esta terra experimentou; porém, alguns ainda expressam o desejo de um dia regressar a este  chão, e cabe a nós os remanescentes, cooperar para que este sonho se torne um dia realidade. Como??  Fazendo o que nos cabe, como cidadãos de bem, além de divulgarmos nossas belezas naturais e as  conquistas do progresso que aqui chegou para ficar. Quero expressar meu orgulho e felicidade por fazer parte da história de Bagé. PARABÉNS Rainha da Fronteira!!!

Jucelaine Rodrigues Viegas
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Bagé
estou longe
e com essa ausência
sinto um vazio  no peito
e uma força acelerada
que nada consegue descrever
e não acompanha o coração
disparado de uma saudade
                               sem fim
é um aumento do amor
pela fronteira de uma  magestade
chamada "Rainha"

Bagé
me derreto
poetizando a nossa cidade
é algo que vem do fundo
de um espírito gaúcho
dolorido de recordações
e cansado pela distância
de quem vive
desgarrado do pago

Bagé
quanta cultura
fábrica de pessoas
famosas e importantes
que provocam orgulho
na gente
          desta gente


Bagé
de ruas quase perfeitas
minha vontade é abraçá-la
e lembrar do teu calor
de um verão forte
ou do frio rigoroso
gostoso inverno
que congela as mãos
mas não a vontade
              de sonhar
com a avenida Sete
descendo e subindo
ou subindo e descendo
pelas tuas calçadas
apreciando o despertar
de mais um dia
com seu sol
que aquece a cada manhã
"a alma do bageense"

Manoel Ianzer

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Ouvi uma vez alguém dizer a frase "Quanto mais local, mais universal".  Esse é o sentimento que tenho de Bagé. O tempo que vivi na cidade que me viu nascer me marcou para sempre. Bagé tem personalidade. Com sua gente simples e direta, forja o caráter de seus filhos. Desde que deixei Bagé, andei pelo Brasil e pelo mundo, mas cada vez que lá volto tenho a sensação que estou voltando para casa. Tenho a sensação que nunca saí de lá. Lembro seus tipos inesquecíveis, como o vendedor de bilhetes que trabalhava bêbado, e dizia: compra desgraçado. Do gay Nazinho, na época chamado de fresco..., e tantas outras figuras. Lembro do futebol, do carnaval com o King-Kong e o "Gato na Tuba". Bagé está fazendo duzentos anos. A cidade merece todas as homenagens. Brinco com alguns amigos dizendo que muitos dizem que são de Bagé para se exibir... É uma brincadeira, mas eu não canso de me exibir: sou de Bagé, modestia à parte....

Valacir Marques Gonçalves

e-mal vala1@uol.com.br

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Desde gurizito aprendi a ter orgulho do meu torrão natal, começou com a obrigatoriedade da colocação da data no alto da folha do caderno: “Bagé, dia, mês e ano.” Mas professora, porque isso tudo? Bem, meu aluno, isso é fácil de explicar: Bagé é a cidade onde tu nasceste, e na qual tu estás estudando, e é de onde sairás projetado para o futuro, e por esse motivo tens que ter orgulho de ser Bageense. Mais tarde, já taludinho, e como adolescente, ouvia dos professores e direção do Colegio Estadual Carlos Antonio Kluwe, que nós éramos filhos de uma cidade que muito contribuíra para a formação da fronteira sul do país, e como tal deveríamos ser garbosos e orgulhosos de nossa terra natal.
Por tudo isso o orgulho de ser bageense, e eu levo a sério, pois fui ensinado desde criança, e isso faz tempo, e posso dizer que desses duzentos anos, cinqüenta deles têm a minha marca.

Gerson Mendes Correa
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Ah, meus sete anos, sobrevoando Bagé em um teco-teco! Eu e meu irmão fingimos que os carros eram carrinhos de autorama. (Quanto tempo isso faz!) Quantas aventuras desbravando a torre da igreja Auxiliadora... a história de Paloma. Nesse fato, fui só assistente de meus irmãos que subiram na torre para pegar a pomba. Hoje sou professor, moro em Pelotas e tenho muitas saudades da minha infância em Bagé.
Marcos Valença
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“UMA VELHA RAINHA”

Dois séculos se passaram
e a vila desenvolveu,
demonstrando a todo o mundo
que no pampa aqui do fundo
um certo povo cresceu,
tal qual mostrando a figura,
a coragem e a bravura,
que o Patrão Velho lhe deu.

Pelearam valentemente
para demarcar o povoado
que ficou fortificado
com o nome de “Santa Tecla”
e é certo que ninguém peca
quando o tem elogiado,
povo nobre e despojado
das malícias de sapeca.

Certificou Dom Diogo,
lá naquele mês de junho,
que os gaúchos tinham punho
para a vila construírem,
e que os outros admirem
tamanha tenacidade.
força bruta, hombridade,
sem jamais se diminuírem.
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Pedro Farias da Cunha
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“Cuando llegue el fin del mundo yo me voy para Bagé…” había oído la primera vez que alguien nombró ese mítico lugar cercano a los campos de Rivera y Cerro Largo. El mundo empezaba a vivir bajo la amenaza de las bombas atómicas y aquella idea –uno se podía salvar si se iba para Bagé– me pareció muy útil.  Siempre la tuve presente.
Después conocí a un hombre anciano que mi bisabuelo había tratado en Bagé  allá por 1890 y se lo trajo para sus campos de Paysandú. El hombre había nacido en 1870  y  murió en 1960. Una gran persona, una gran familia, un recuerdo inolvidable.
Una prima mía fue Cónsul de Uruguay en Bagé hace unos quince años, más o menos y me contaba que en esa ciudad se sentía feliz como si hubiera nacido allí.
Y ahora me uno a la alegría de toda esa gente de Bagé, que festeja los 200 años de su fundación. ¡Muchas felicidades!
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José María del Rey Morató – Uruguay
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"Morei em Bagé sete anos (1993\1999) atendendo as comunidades da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, porém, muito mais do que conviver com os "irmãos\as da fé anglicana" conheci, convivi e guardo na memória inesquecíveis momentos de participação nos mais diversos segmentos bageenses: clubes, conselhos municipais, igrejas cristãs, festas, inaugurações, eventos políticos, civis, militares e religiosos, etc. Mas o que mais me marcou foram as andanças, entreveros e gauchadas, através do CTG Estância de San Miguel, onde realizávamos as gloriosas mateadas e saboreávamos um delicioso churrasco em torno do fogo-de-chão ao som de belas poesias e memoráveis canções gauchescas. Ao Povo bageense meu carinho e saudoso abraço com o desejo de que estas "plagas gaudérias" continuem sendo mais um luzeiro da Justiça e da Paz no pampa gaúcho!!!"
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Reverendo Ramacés Hartwig, ost

Clérigo anglicano e bageense de coração!!!
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