31 de julho de 2011

Barqueiro do Jaguarão

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Barqueiro do Jaguarão - CD Senfronteiras

A saga impressionante dos barqueiros mineradores do Rio Jaguarão (Jaguarão/RS/Brasil).
Este filme é dedicado ao trabalho que vem construindo esta cidade, Patrimônio Histórico Nacional. Barqueiros: Ramão Fernandes, Marco Antonio Duarte e Luiz Alexandre Furtado. Imagens: Jorge Passos; edição: Jorge Passos e Sérgio Christino.
BARQUEIRO DO JAGUARÃO, Hélio Ramirez.
Músicos: Egbert Parada - violão e violão folk; Fabrício Moura - contrabaixo; Leonardo Oxley -  violino; Cláudio Vieira - vocal e violão; Renato Gervini - percussão e berimbau; arranjo: Hélio Ramirez e Egberto Parada. Por Confraria dos poetas de Jaguarão.
Publicado em contextolivre
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Imagens do cotidiano - XXXIV, Vilmar Tavares

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Faleceu neste sábado, por falência múltipla de órgãos, o fotógrafo Vilmar Tavares. Dono de uma sensibilidade ímpar, Vilmar trabalhou por mais de 30 anos no jornal Diário da Manhã, de Pelotas, quando foi selecionado entre dezenas de profissionais, pelo diretor Helio Freitag. Tinha um dom incrível para captar a alma humana das gentes simples em seus trabalhos que expôs em mais de uma oportunidade. Os leitores do Blog podem admirar suas fotos no Flickr.

Dia desses fotografei o Vilmar numa das alamedas da Pç Cel Pedro Osório. No mês passado ele me cobrou a foto, que falei que havia batido, e eu respondi: Vou mandar para o Jornal! Pois aí está o nosso Vilmar Tavares, de mãos dadas com a esposa, atravessando calmamente a praça, sob o sol quente do meio dia de sábado, 26 de março de 2011.
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Bagé Bicentenária - A rua do General


Mais uma bela colaboração do Cid Marinho sobre a cidade de Bagé - agora bicentenária, publicada no Almanaque Gaúcho da ZH, na sessão Túnel do Tempo.
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30 de julho de 2011

Lançamento - II

Marquei o nosso JJ com um círculo vermelho
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O JJ também está com "livro na praça". Recebi ontem pelo correio um exemplar do Interfaces de Amor e Paz, que é uma antologia da CAPPAZ - Confraria Artistas e Poetas pela Paz, cujo presidente de honra é um cara de Bagé, um tal de João José Oliveira Gonçalves... Conheçam mais sobre a CAPPAZ no www.cappaz.com.br
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Imagens do cotidiano - XXXIII, Cardeal no espelho

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"Esse cardeal, acompanhado da namorada, mora no paraíso que fica perto de uma janela da Charqueada Boa Vista. Ele pousa no caixilho e se vê refletido no espelho e pensa que é outro cardeal. Aí, ele fica bastante tempo bicando. Para mim, é o pássaro mais bonito que existe e lembra minha infância, quando eu caçava diversos e os mantinha em viveiro.
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Que maldade, não? Mas vale lembrar o seguinte: eles se habituavam em menos de um dia e já começavam a cantar. Ao contrário do sabiá que se debatia loucamente e, se eu não soltasse, como meu pai obrigava, ele morreria."
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José Rodrigues Gomes Neto 
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Esta maravilhosa foto de um exemplar de Paroaria coronata foi tomada pelo Dr José Gomes Neto, advogado e professor de Direito Penal da UFPel. Apaixonado pela fotografia, o Zé Gomes, muitas vezes, circula pela cidade aos domingos bem cedinho para poder enquadrar os  prédios históricos sem a poluição visual e o burburinho dos dias de semana. Longe da cátedra há vários anos, Zé Gomes tem tido na fotografia um hobby constante. Defensor inconteste da fotografia analógica, rendeu-se há pouco à era digital. Esperamos que esta seja a primeira de muitas outras fotografias suas que publicaremos aqui no Blog da VG.
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29 de julho de 2011

Lançamento

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Foi neste dia 27, em São Paulo, o lançamento do livro Painel do tempo, por conta de Manoel Ianzer em parceria com Danielli Ianzer. A foto mostra os autores no momento dos autógrafos quando foram muito prestigiados pelos amigos.
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Um presente para Bagé

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A colega Elaine Bastianello nos manda esta magnífica notícia do Minuano de Hoje que é, sem dúvida, a melhor notícia destes últimos dias de sustos, assombros e demolições. Parabéns a Bagé por este magnífico "presente" de 200 anos.
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Declaración de Montevideo

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Os ministros - da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, e da Educação e Cultura do Uruguai, Ricardo Ehrlich, firmaram na noite de terça-feira (26), a Declaração de Montevidéu, documento que sela um plano de cooperação entre os dois países na área cultural para os próximos anos. A assinatura, feita no edifício sede do Mercosul, em Montevidéu, encerrou o encontro bilateral de dois dias, marcado para a pactuação de políticas públicas. Leia a íntegra da Declaração AQUI.
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A filosofia e o cinema religioso - XIX, The Mission

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O Ciclo A Filosofia e o Cinema Religioso exibirá, na próxima sexta-feira, dia 29 de julho, o filme "A Missão", de Rolland Joffé. Cineasta franco-Britânico (1945 - ), Joffé é autor de filmes como "Os gritos do silêncio" e "Vatel". O Ciclo, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação do professor dr. Luís Rubira, ocorre todas as sextas às 20h, no Centro de Integração do Mercosul. A entrada é FRANCA.
A programação completa do CICLO está disponível AQUI.
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Sinopse: - A Missão, The Mission, 1986, Inglaterra. Direção: Rolland Joffe. Com: Robert De Niro, Jeremy Irons. No século XVIII, um cardeal visita as Missões Jesuítas na América do Sul e faz seu relatório ao Papa. Mostrando como os jesuítas convertiam e aldeavam os guaranis, e o processo de redenção de um caçador de índios, o filme sintetiza a história das Reduções Missioneiras – perpassada pela crueldade de encomendeiros e bandeirantes e destruída pela barbárie da Guerra Guaranítica, após o Tratado de Madri (1750). (121min).
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28 de julho de 2011

Altar Celeste


Ontem comemoramos na casa de um amigo mais uma vitória da Celeste Olímpica na Copa América. Com toda a "cobertura" possível da imprensa especializada em mãos, revivemos cada etapa desta grande jornada da Seleção Tetra (*) Campeã Mundial de Futebol.
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(*) 1924 e 1928, Campeã Olímpica; 1930 e 1950, Campeã da Copa do Mundo. Sim, leitores, já existia futebol no Mundo bem antes da FIFA (antes do havelange, antes do blatter, antes do ricardo teixeira, antes do...)
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27 de julho de 2011

Já se vieram!

Lançamento do CD de Marco Aurélio Vasconcelos e Martim César, hoje, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, às 20h.
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Canções que registram as imagens desse povo que ainda vive nos fundos de corredor, ou nos ranchos de beira de estrada. Tropeiros, alambradores, posteiros, esquiladores, bolicheiros, peões de estância, domadores. Personagens reais que o tempo insiste em apagar, mas não consegue.

Basta um domingo de carreiras e lá estão eles. Nas margens das canchas retas, improvisando um jogo de tava e soltando seus versos onde a balaca de cada paisano é pura poesia pampeana. Não é só butiá que dá em cacho, Água que se queima o rancho, e por aí afora. E – de repente – já está na hora de mais uma penca... ainda hoje posso divisar nos caminhos da memória um Dom Segundo (já no fim da vida) mal e mal se segurando em riba do seu pingo e apostando os pilas, que trazia dobrados na guaiaca, com um gáucho chamado Torquato Flores, mui conhecido por pajador e calavera.

O coimeiro, finalmente dá por terminadas as apostas. O tempo parece que para nesse momento... os parelheiros aparecem no partidor... e – como acontece há mais de dois séculos nessas lonjuras da fronteira – ouve-se a frase famosa, que parece haver nascido com o primeiro campeiro, mescla de índio, negro e branco, que povoou estas bandas: "Já se vieram!".

Já se vieram!, melodias e interpretação de Marco Aurélio Vasconcellos, letras de Martim César Gonçalves e arranjos de Marcello Caminha.
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Os guarda-chuvas do amor - V, Oncinha pintada

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E chegou a hora da oncinha ser aposentada... foi para o lixo, e nem aproveitaram "o couro."
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26 de julho de 2011

Olha o passarinho - VI, As cores da memória

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Conforme prometeu ao Blog o JJ enviou novamente a sua recordação escolar - versão original,  devidamente colorizada... Alguém poderá indagar: Mas onde estão as cores? Bem, acredito que as cores foram se esvaindo com o passar do tempo, deixando as marcas e os tons de suas anilinas pelas sucessivas etapas da vida... Mas na memória do JJ, certamente, todas as alegres e vibrantes cores do seu saudoso Grupo Escolar 15 de Novembro, de 1955, ainda estão lá enfeitando as recordações da sua meninice.
Muita gente ficou de mandar a sua Recordação Escolar. Estamos esperando...
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25 de julho de 2011

Bagé Bicentenária - 1811/2011, A primeira praça de Bagé

Recorte do jornal "passado a limpo" pelo JL Salvadoretti
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Hoje publicamos mais uma colaboração do Cid Marinho ao jornal Folha do Sul, desta vez é sobre A primeira praça de Bagé. Clique na imagem para melhorar a leitura.

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24 de julho de 2011

FIRST MAN ON THE MOON - II, Gifts


Que balaca, hein?
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No dia 24 de julho de 1969, às 16h50min35seg, UTC, na localidade 13°19′N - 169°9′W, retornava finalmente à Terra a missão Apolo 11 da NASA. Depois de pousar na Lua os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin Jr, mais Michael Collins que ficou orbitando a Lua no Módulo de Comando, estavam de volta ao nosso mundo. Uma façanha, sem dúvida alguma. Atendendo o convite da The Voice of America enviei a carta de que falei na postagem do dia 20 de julho, e recebi, bastante tempo depois, o envelope com o selo alusivo ao fato, mais o carimbo de primeiro dia de circulação. De lambuja, também ganhei esta magnífica foto oficial da Missão Apolo 11. Coisas para deixar qualquer guri do Estadual com um sorriso de orelha a orelha.
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Uruguay, rey de América - Ese es el fútbol charrúa. ¡Que no ni no!

Clarín.com AFP
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Assim Ezequiel San Martín, do Clarín.com, escreveu sobre a vitória do Uruguai:
La final se terminó mucho antes de los esperado. Ni alargues, ni penales. Uruguay decidió que la Copa América 2011 quede en sus vitrinas aún antes de comenzar el segundo tiempo en el Monumental, que ya lo tenía dos goles arriba en el marcador, pero mucho más lejos todavia en el juego ante un Paraguay tan opaco como en cada una de las instancias previas. Fue finalmente 3-0 la conquista de América para la Celeste. 
Leia o artigo na íntegra AQUI

Um colecionador de memórias


Cid Marinho me apresentou parte de seu acervo de fotografias antigas originais de Bagé
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O Cid Marinho é um desses caras que a gente gosta de conhecer. Entusiasta da preservação da memória, conserva - e procura ampliar - com denodo uma enorme coleção de fotografias antigas de nossa cidade (e de outras também). Uma coleção que gostei de conhecer. E não são apenas fotografias. O Cid coleciona gibis, selos, objetos e uma porção de coisas mais. Conhecia o Cid apenas como um colaborador de primeira linha de Olyr Zavaschi, o saudoso editor do Almanaque Gaúcho, da Zero Hora. Depois travamos amizade através do Blog e, finalmente, nos encontramos “em carne e osso” no dia da entrega da Comenda dos 200 Anos na Sessão Solene da Câmara de Vereadores de Bagé, onde ele foi - instantaneamente - nomeado fotógrafo oficial do Blog. Foi companheiro na jornada ao Cerro de Bagé, onde o Hamilton nos levou naquele fim de tarde memorável do dia 15 de julho de 2011, quando o Sol se exibiu para nós de forma exagerada. Depois, em uma sessão especial, nos apresentou uma pequena parte de seu notável arquivo. O Cid deveria ser tombado pelo patrimônio histórico. Sim, homens como Cid Magdar Marinho andam escassos nestes tempos de demolições, de esquecimentos e de abandono do bem público. Se nada mais tivesse me acontecido de bom nestes dias que passei em Bagé, conhecer o Cid Marinho já teria justificado plenamente a minha viagem. 
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23 de julho de 2011

Mate na Praça

Foto de um Mate na Praça, José Walter Maciel Lopes, Ito Carvalho,
e Claudiran Nunes. Os demais não identifiquei
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Jorge Saes (*)
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Sem muito esforço recordo do ano de 1973, data em que nasceu o Mate na Praça. A relação com José Carlos Teixeira Giorgis tem início quando, aluno do Colégio Estadual Dr. Carlos Kluwe, tive a honra de frequentar suas aulas. O Juca, como gosta de ser reconhecido, lecionava biologia. Nas mãos, uma caixa de giz e um apagador.   Na lousa verde, deslizando o branco giz, os esquemas trazidos na memória surgiam. Discorrendo sobre fenótipos e genótipos, demonstrando através do Quadro de Punnett, modelos de cruzamentos e as Leis de Mendel, ficávamos em silente aprendizado. Já o conhecia por sua participação na política, antes mesmo daqueles terríveis momentos de exceção que viveu o povo brasileiro. Aprendi a admirá-lo por sua atuação no mundo jurídico, mas o contestava como presidente do arquirrival inimigo vermelho e branco. Como craque de futebol, ao lado de Bochão e Quininho, possuía drible fácil dentro da grande área para concluir a gol, nunca de bico. Para mim, na época, um ser que deveríamos admirar, à distância. Mais impossível tornava-se uma aproximação quando desfilava em seu flamejante Karmann Ghia verde pelas ruas de nossa Bagé. A vida teima, porém, fazer realizar o que pensamos impossível. Por voltas de 1966, fui trabalhar no Ofício dos Registros Especiais – Títulos e Documentos e Protestos de Títulos, como office boy, para ser, em futuro imediato, um Escrevente Autorizado. Um dia, nesta atividade, fui procurado pelo insigne professor, que também advogava, necessitando realizar uma notificação extrajudicial pelas bandas do Passo das Tropas. Haveria uma dificuldade para a execução do procedimento. Além do difícil acesso, difícil também seria encontrar o destinatário do documento, em seu endereço, no horário normal de funcionamento do cartório. Esclarecendo esta dificuldade, dei conhecimento ao titular do Ofício, nosso saudoso Tito Afonso Fabrício Barbosa, que logo anuiu à realização da visita em excepcionais condições. Dito e feito, marcada data e horário, foi realizado o ato sem danos nem perdas para as partes, sem entraves, como interessa a celeridade das coisas públicas. Estabeleceu-se, daí, um clima de confiança entre serventuário e advogado, também professor. Desde esta data, além do laço profissional, aos poucos, fomos cultivando um clima de sincera e cordial amizade, coisa pouco normal neste mundo de tão marcadas diferenças. Os encontros no pátio do Colégio Estadual, nos intervalos das aulas, ou recreio, foram inevitáveis. Somavam presenças naqueles rápidos momentos, João Maia dos Santos, Antoninho Ferreira, Kiwal Parera, Gesner Carvalho, Boaventura Miele da Rosa, o ex-colega Carlai, um craque de bola, dentre outros alunos e professores. Aos sábados pela manhã, Juca dirigia-se à Livraria Previtali, na Avenida Sete de Setembro, sem dúvidas, para colher os últimos lançamentos de livros que se uniriam à sua biblioteca jurídica ou aos clássicos herdados da origem paterna. Desses encontros, ficaram combinados reencontros para as manhãs de domingo. Objetivo? Tomarmos mate. Nas primeiras saídas, aos domingos, por volta da dez da manhã, Juca, já com seu Chevrolet Opala, cor de chocolate e capota de vinil preto, dirigia-se à Avenida Sete de Setembro, número 180. Com o chimarrão pronto, escolhíamos um lugar ao sol, ou à sombra, conforme a temperatura e as condições climáticas, em algum banco de praça. Juca, como sempre, muito assediado por amigos e populares. Alguns se tornaram seguidores. Passamos a receber visitas por saberem horário e local dos encontros domingueiros e em dias feriados. Eis que, oriundo de Porto Alegre, depois Dom Pedrito, ainda acadêmico de direito, Jorge Chagas associa-se ao grupo. Depois de alguns voejos, ficou resolvido que a Praça da Matriz seria o palco central das conversas aleatórias ao sabor do doce amargo que aquece a vida. Em poucas palavras, assim foi que aconteceu a gestação e o nascimento do primeiro grupo. José Walter Maciel Lopes, ainda acadêmico de direito, agrega-se para se tornar mantenedor e incentivador, um pouco mais tarde. Vem, a seguir, Valdir Alves Ramos, Ito Carvalho, atual coordenador dos trabalhos, Edmundo Castilhos Rodrigues, Claudiran Nunes, Fernando Giorgis. Às vezes, faziam presenças o Dr. George Teixeira Giorgis, Décio Lahorgue, os irmãos Ferraz e tantos outros.  Notabilizou-se o Mate na Praça por ser um ponto de encontros e reencontros de amigos e parentes que chegam à Bagé. Recebemos muitas visitas. Por lá estivemos desde o início até l995, aproximadamente, com os aprestos - cuia, bomba, erva-mate e garrafas térmicas. José Walter também possuía sua estrutura. Mantemos guardada a primeira cuia com bocal de prata, testemunha desta narrativa, que, passada de mão em mão, foi transferindo o calor e a energia para solidificar uma instituição, o Mate na Praça.
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(*) O colega do Estadual Jorge Saes achou o Blog e já nos mandou por e-mail um artigo que publicamos.
Bem vindo ao Blog, Jorge. 
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