6 de julho de 2010

A taça do mundo é nossa! – XIX, A copa do Baixinho

Bem ao estilo americano, as cores da bandeira no cartaz dos EUA

Parreira, o técnico que levou a nossa seleção ao tetra já ensinou: “Não existe fórmula para ganhar uma copa, senão todos ganhariam”. Mas eu digo também: “Não se ganha copa sem um craque. Todos jogam. O único que resolve é o craque”. Essa é a diferença. E o Baixinho estava impossível no Barcelona vivendo sua melhor fase. Essa era a copa do Romário. E foi. Atletas jogavam, atletas atrapalhavam, como sempre. E foi numa trapalhada simples de Leonardo, quando ele quebrou um osso da face de um jogador adversário, que veio a chance do nosso bageense Branco. O Cláudio Ibraim Vaz Leal entrou e mostrou que estava melhor que Leonardo. Entrou e desempatou o jogo Brasil e Holanda. Entrou e não tomou água benta. Entrou e não saiu mais. Haviam novidades na copa de 1994.Três pontos por vitória, 11 jogadores no banco à disposição do treinador. Uma rígida comissão anti doping que flagrou Maradona com a fisiologia alterada de tal modo, que ele foi mandado para casa, deixando a seleção argentina absolutamente de baixo astral, tanto que foi eliminada logo em seguida. O corte da seleção da Iugoslávia em função da guerra contra a Bósnia. O corte da seleção do Chile pela encenação do goleiro Rojas durante as eliminatórias no Maracanã, quando ele fingiu ter sido atingido por um rojão. Era uma nova era do futebol para FIFA. Mas a melhor novidade e que na nossa seleção, Romário resolvia tudo. Fazia gol e dava passes para outros. Um verdadeiro craque, tanto que foi escolhido como o melhor da competição. Fomos caminhando passo a passo, gol a gol. Mas na final , depois de um 0x0, fomos às penalidades máximas. A primeira decisão de copa em penalidades. Novamente duas seleções com igual número de campeonatos, agora duas seleções tricampeãs, uma delas sairia com o tetra. Como no México em 70, era Brasil e Itália de novo. No dia da abertura da copa, a cantora Diana Ross bateu um pênalti simbólico no início do jogo. E bateu para fora... que presságio! Pois foram os pênaltis perdidos, por ambas as equipes, que deram o tom singular a essa final nervosa e enervante. Os dois lados iniciaram errando os chutes. Mas, na última cobrança, como Diana Ross, Roberto Baggio bateu para fora. Chegávamos ao tetra depois de 25 anos do tri. Bah! Que espera.
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Fonte Fifa e arquivo de jornais
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(Continua)

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