Vinte anos sem ganhar uma copa era mesmo para perder as esperanças num título mundial com uma equipe que chegava a Itália com mais motivação comercial do que futebolística. Até o técnico fazia propaganda de carro. A novidade chamada Romário havia contundido o tornozelo e, no sacrifício, estava na equipe. Havia o Branco, de Bagé, para entusiasmar um pouco mais o pessoal do sul... mas não seria o suficiente para conquistarmos o tão sonhado tetra. Numa copa sem maiores novidades, Salvatore Schillati, o Totó Schillati, um desconhecido reserva italiano, é quem fazia os gols para a dona da casa. Era o nosso Josimar de 1986. Quem encantava era a seleção de Camarões, de Roger Milla. Quando chegamos às oitavas de final, Maradona, numa única jogada de mestre, achou uma avenida e passou, na medida, para Carlos Caniggia nos fazer 1x0. Aquilo nos secou a garganta. O nosso Branco, também com sede, aceitou uma água do banco argentino. Ficou meio zonzo todo o resto da partida. Dormiu no ônibus na volta para o hotel, e passou o dia seguinte sonolento. Ora vejam só! Logo um cara de Bagé... Tempos depois, em 1993, o massagista da seleção argentina, Miguel di Lorenzo, em entrevista ao jornal El Clarin, declarou que havia na sua maleta dois tipos de água. Uma para os seus jogadores e outra para ser oferecida aos jogadores brasileiros, por determinação do técnico Carlos Bilardo. Não sei exatamente o que Lorenzo quis dizer com isso. O fato é que a Argentina tinha ido com toda a força para ganhar a copa. Foi a seleção mais faltosa. Das 177 faltas que cometeu, 23 resultaram em cartões amarelos, e três,
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Fonte FIFA e arquivo de jornais
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(continua)
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Um comentário:
A série "A taça do mundo é nossa", com mais cinco artigos, será publicada até segunda feira, dia 12, quando, como a seleção, vai fechar as suas malas...
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