7 de julho de 2010

A taça do mundo é nossa! – XX, Allez, les Bleus!

Muitas cores no cartaz francês de 1998

Bem, se a necessidade de craque é fundamental para ganhar uma copa, estávamos novamente muito bem. Romário, agora no Flamengo, continuava sendo o nosso craque. E ainda tinha o Ronaldo. Ele havia estado no grupo do tetra mas não havia entrado em campo por ser muito jovem (?). Agora estava no ponto. Mas, já na França, Romário teve uma pequena contusão. Ele garantiu que se recuperaria e tempo de jogar, mas o também flamenguista Zico, como auxiliar técnico, não quis saber; cortou o Baixinho. Nosso craque voltou ao Brasil, recuperou-se, e fez gol pelo Flamengo ainda antes de começar a copa da França. Esse é o Romário... e sem Romário nosso craque era o Ronaldo. Na primeira fase andamos até perdendo, mas classificamos em primeiro e fomos em frente. Bem em frente. Numa copa que passava a contar com 32 seleções no total muitas foram as novidades. Seleções africanas, árabes, asiáticas... e fomos indo pelas circunstâncias. Éramos os tetra campeões de 94. Nem sabemos como, e quando vimos estávamos na final com a França, a dona da casa. Um jogador era desconhecido. Não fizera um golzinho sequer. Era de ascendência argelina, e tinha um nome engraçado. Zinédine Zidane. E não fazia gol. No dia da final, a primeira lista não trazia o nome do Ronaldo. Erro, só podia. Mas ainda era cedo, dava para verificar. E ai começou o drama. Ronaldo tinha sofrido um piripaque, estava ameaçado de não jogar a final. Mas se o Romário foi cortado, o Ronaldo está meio grogue... quem resolverá a partida? Ai vêm as teorias do grupo unido, do espírito de equipe e de jogar para o time. Tudo bem. Mas quem resolve a partida? Começaram os boletins oficiais. É tontura, é infiltração no joelho, é uma indisposição estomacal... só não disseram que era espinhela caída. Mas muita coisa a mais foi dita após a partida e nem é bom falar... E quem resolverá? Quem fará os gols? Quem garantirá o penta? Nada de esperar mais 25 anos, né? E colocaram o Ronaldo na lista. E Ronaldo entrou em campo (?). E jogou (?) a final. Mas quem resolveu, quem deu o show, quem fez as “assistências”, foi o cara de nome estranho que não havia feito um gol sequer em toda a copa. E ele fez só dois. Ele fez os dois no Brasil. Ao final já havíamos tomado mais um. O tal Zinédine Zidane gravou seu nome na história do futebol da sua França. Para sempre. O jogador de ascendência argelina antecipou o feriado de 14 de julho em dois dias, e passou sob o Arco do Triunfo, o arco por onde passam os vencedores, enquanto o povo gritava: Allez, les Bleus!.

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Fonte FIFA e arquivo de jornais

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(continua)

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